Capacidade cardiorrespiratória de jogadores de futebol de cinco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Pablo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário Augusto Motta
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/161
Resumo: O futebol de cinco é uma modalidade esportiva adaptada para pessoas com deficiência visual que tem como característica intermitência de esforços durante as partidas, exigindo altas demandas dos metabolismos aeróbio e anaeróbio. O objetivo principal do estudo foi avaliar a capacidade cardiorrespiratória de jogadores de futebol de cinco. Secundariamente buscou-se avaliar a validade de um método indireto para a estimativa da capacidade cardiorrespiratória nesse grupo populacional. Métodos: Foi realizado um estudo seccional em que participaram 08 jogadores de futebol de cinco (FUT-5; idade mediana=26; mínimo=17 e máximo=30 anos) e 07 jogadores de futsal ou futebol society videntes (FUT-V; idade mediana=25; mínimo=20 e máximo=33 anos). A capacidade cardiorrespiratória foi medida e avaliada através da realização do teste cardiopulmonar de esforço (TCE), em esteira rolante, com o protocolo de rampa. A estimativa da capacidade cardiorrespiratória foi feita através da realização do teste de Shuttle Run de 20-m. As comparações inter grupos foram feitas através do teste de Mann-Whitney e intra grupos através do teste de Wilcoxon, ambos com simulação de Monte Carlo (α=5%). A validade do Shuttle Run de 20-m foi verificada através do coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e da abordagem de Altman e Bland (SPSS 13.0 for Windows e Microsoft Office Excel 2007). Resultados: No TCE, os jogadores de FUT-5 apresentaram menores consumo de oxigênio (VO2) de pico, tempo total de esforço, velocidade no final do teste, sendo essas diferenças estatisticamente significativas. De maneira semelhante, no teste de Shuttle Run de 20-m os jogadores de FUT-5 apresentaram pior desempenho, com valores inferiores de velocidade alcançada no final do teste, distância percorrida e VO2 estimado. Quanto à validade do teste de Shuttle Run de 20-m, os jogadores de FUT-5 apresentaram maiores valores medianos de VO2 no TCE (medido) em relação ao Shuttle Run de 20-m (estimado) (p<0,05). Apesar das diferenças entre os métodos estarem dentro dos limites de concordância, calculados na abordagem de Altman e Bland, os jogadores de FUT-5 apresentaram sistematicamente maiores valores no TCE. O CCI demonstrou uma validade moderada entre os métodos. Conclusão: Os jogadores de FUT-5 apresentaram a capacidade cardiorrespiratória inferior aos atletas de futebol videntes, seja através do TCE, seja através do Shuttle Run de 20-m. O teste de Shuttle Run de 20-m não se apresentou como um método válido para a estimativa do consumo de oxigênio nesse grupo populacional.