Desempenho muscular, composição corporal, dor e funcionalidade em idosos com osteoartrose de joelho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Wagner
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário Augusto Motta
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
dor
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/159
Resumo: Nas últimas décadas, o processo de envelhecimento populacional atingiu os países desenvolvidos e subdesenvolvidos e tem sido considerado um aspecto relevante pelo poder público e pela sociedade desses países. Esse processo acarreta em um declínio progressivo das funções articulares, neuromusculares, cardiovasculares, pulmonares, metabólicas e importantes alterações na composição corporal, resultando no aumento da adiposidade corporal, redução da massa magra, dentre outros. Dentre as doenças que acometem a função articular, a osteoartrose (OA) é considerada a que mais acomete o aparelho locomotor, levando a degeneração da cartilagem articular, sendo o joelho a segunda articulação mais acometida por essa doença. O decréscimo da função muscular apresenta-se potencializado na população idosa com OA de joelhos, podendo ser atribuído ao menor nível de atividade física ou à dor e ao derrame articular. O presente estudo teve como objetivo correlacionar o desempenho muscular, a composição corporal, presença de dor e a funcionalidade em idosos com osteoartrose de joelho. Tratou-se de um estudo transversal, realizado no Laboratório de Análise do Movimento Humano do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), com 21 indivíduos idosos, dos quais 18 mulheres, com 60 anos ou mais, triados no setor de fisioterapia do Centro Municipal de Reabilitação, no bairro do Engenho de Dentro, Rio de Janeiro. Foram utilizados como métodos de avaliação a bioimpedância elétrica visando avaliar a composição corporal, a eletromiografia de superfície objetivando analisar a força e a fadiga muscular e a aplicação do questionário de qualidade de vida específico para osteoartrose de quadril e joelho WOMAC, com a finalidade de observar a capacidade funcional desses idosos. Foi utilizado o teste de correlação de Pearson, considerando-se significativo quando p ≤ 0,05. A amostra apresentou 67,36 ± 4,21 anos, percentual de gordura de 40,57 ± 6,15%, o escore geral de WOMAC de 43,27 ± 16,32 %, e a força máxima de 19,95kgF ± 6,98 KgF. Dor em movimento mostrou associação com os domínios de dor (r=0,47; p=0,02), atividade física (r=0,47; p=0,02) e geral (r=0,51; p=0,01) de WOMAC; e o nível de dor noturna com os domínios de dor (r=0,42; p=0,05) e rigidez (r=0,55; p=0,01) do WOMAC, além da correlação negativa com os valores de slope da Frequência Mediana do sinal eletromiográfico. Pode-se concluir que a intensidade da dor está correlacionada à incapacidade funcional dos idosos com OA de joelho e a uma maior prevalência dos sinais de fadiga.