Evolução estrutural no processamento termomecânico para reversão de um aço inoxidável austenítico ASTM 201LN com efeito TRIP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cordeiro, Leandra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Militar de Engenharia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/570
Resumo: Os aços inoxidáveis austeníticos (ASS’s) são conhecidos por possuírem propriedades como boa resistência mecânica, ductilidade e resistência à corrosão. Entre os ASS’s mais utilizados se encontra os da série 300. No entanto, os aços desta série apresentam um custo mais elevado devido ao alto teor de Ni que este possuem. Diante disso, os ASS’s da série 200 ganham destaque, uma vez que este possuem um teor de Ni inferior apresentando um custo menor. Outra vantagem destes materiais é que eles são passíveis de exibir o efeito TRIP (Transformation Induced Plasticity), no qual a austenita metaestável é transformada em martensita durante o processo de deformação a frio. Esse fenômeno contribui no aumento da capacidade de endurecimento pelo aumento da resistência mecânica em detrimento da ductilidade do material. Outra forma de promover incremento na resistência mecânica, mas com manutenção da ductilidade, destes aços é através do refinamento de grão que é obtido por meio de um processamento termomecânico, que consiste em submeter o material a deformação a frio e, posteriormente, a um tratamento térmico de recozimento para reversão martensítica. Diante disso, esta tese de doutorado teve como objetivo realizar um estudo da evolução estrutural do aço ASTM 201LN ao longo o processamento termomecânico composto por laminação a frio, em que se obteve uma redução da espessura superior a 60%, seguido de um tratamento térmico de recozimento a 900 °C entre 15 e 180 segundos. Os resultados obtidos mostraram que a laminação a frio foi promissora em promover o efeito TRIP neste material, em que foi obtido um percentual em torno de 40% de martensita para uma redução da espessura de 66%. Também foi verificado que as condições adotadas no recozimento foram suficientes para promover uma reversão quase completa da martensita induzida na laminação a frio em austenita. Foi observado na amostra com redução da espessura de 66% recozida a 180 segundos um percentual de martensita residual inferior a 2%. Os resultados obtidos na caracterização microestrutural mostraram que a as amostras mais deformadas apresentaram uma martensita bastante fragmentada promovendo mais sítios para a nucleação da austenita revertida, o que proporcionou a final do tratamento de recozimento, com processo de reversão da martensita em conjunto com a recristalização da austenita encruada, a obtenção de uma microestrutura austenítica mais refinada que contribuiu para um significativo incremento da resistência mecânica, em comparação a condição como recebida.