Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Costa Filho, Francisco Carlos da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://deposita.ibict.br/handle/deposita/514
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Resumo: |
O gerenciamento de resultado pode ser entendido como uma representação distorcida e intencional do desempenho econômico da firma, oriunda da manipulação de resultados que, por sua vez, pode ter objetivos distintos. Tais práticas sofrem influência de diversos fatores, dentre os quais, o ciclo de vida organizacional, visto que sua identificação define características empresariais que possibilitam tomada de decisões mais alinhadas à realidade organizacional. Outro fator que pode afetar as práticas de gerenciamento de resultado é a adoção de um padrão de normas contábeis (neste estudo representado pelas IFRS – International Financial Reporting Standards), em razão de proporcionar melhoria na qualidade das informações e possibilitar comparações entre organizações internacionais, além de fatores que se associam a nível empresarial e jurisdicional. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo investigar a influência dos estágios de ciclo de vida organizacional e a adoção das IFRS no gerenciamento de resultados. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa. São analisadas mais de 34.000 empresas de 125 países, no período compreendido entre 2002 a 2016. Para a mensuração do gerenciamento de resultado, variável dependente, adota-se o modelo de Jones (1991) modificado por Dechow, Sloan e Sweeney (1995) para gerenciamento de resultados baseado em accruals; o modelo de Roychowdhury (2006) para gerenciamento por meio de decisões operacionais, também conhecido como gerenciamento por manipulação de atividades; e McVay (2006) para gerenciamento por meio de mudanças de classificações. Para as variáveis independentes, utilizam-se os estágios de ciclo de vida organizacional, operacionalizado conforme o modelo proposto por Dickinson (2011) baseado nas características dos fluxos de caixa das empresas e variável para adoção das IFRS. Dentre os resultados encontrados verifica- se um maior número de empresas no estágio maturidade, e que as práticas de gerenciamento de resultados diferem entre os estágios. Para rejeitar ou não as hipóteses de pesquisa, fez-se uso de modelos de regressões com dados em painel, no qual é possível verificar que a adoção de IFRS influencia negativamente o gerenciamento de resultados baseado em accruals e por manipulação de atividades, enquanto os estágios de ciclo de vida exercem efeitos distintos, em destaque o estágio maturidade que é capaz de influenciar negativamente todas as abordagens de gerenciamento de resultados. Já o efeito conjunto do ciclo de vida e da adoção de IFRS só foi percebido para manipulação de atividades operacionais. Destaca-se ainda que a abordagem de gerenciamento por mudança de classificação não foi afetada por nenhuma das variáveis em estudo. Portanto, considerando a amostra da pesquisa, conclui-se que o ciclo de vida organizacional e a adoção de IFRS são capazes de influenciar a prática de gerenciamento de resultados, porém não permite a confirmação dos preceitos da teoria da agência, uma vez que o gestor, além de possuir mais informações, compreende melhor o estágio em que a organização se encontra, optando, assim, por diferentes abordagens de gerenciamento. |