Navergar-se, o pequeno teatro de ser: a autoconsciência como método

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Clemente, Mônica
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Educação
Brasil
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/749
Resumo: E se invertêssemos? “Suponhamos que tudo, em vez de ser feito de átomo, matéria, fosse feito de consciência. O que aconteceria neste caso?” (GOSWAMI, 1993, p. 26). Que ciência, cultura e educação teceríamos? É essa reflexão que a presente dissertação pretende desenvolver: “Navegar-se, o pequeno teatro de ser. A autoconsciência como método”. Meu objetivo, ao refletir sobre a consciência como “tecedora de tudo o que há”, foi expressar a relação entre Ser/Viver e (Se) Conhecer por meio da vivência da ciência milenar do Tantra Yoga, conforme proposto por Sarkar. Esse percurso dialoga com a biologia do amor de H. Maturana, a transdisciplinaridade de B. Nicolescu e a física quântica de A. Goswami, vertentes que não separam vida, sociedade, política, arte, ciência e espiritualidade de suas produções acadêmicas. O objeto deste trabalho, portanto, não está dissociado do sujeito nem da vida, pois a autoconsciência foi observada como método de pesquisa do ser humano que se aventura a conhecer a si mesmo e o mundo. Analisa-se, assim, o efeito do autoconhecimento – que é simultaneamente produzido e produtor da autoconsciência – sobre o próprio sujeito e seu entorno, num processo recursivo e eterno de desvendamento e cocriação. A abordagem sistêmica desta dissertação transformou seu próprio resultado: a experiência de saborear a autoconsciência – gerada e geradora de autoconhecimento – e suas implicações na emoção, que, segundo Maturana, funda o social e o amor. Assim, o trabalho tornou-se uma peça de teatro, na qual o jogo de relações entre a multidimensionalidade do ser/viver e o outro (seja ele um sujeito ou o entorno) se expressa em personagens em busca de si mesmos.