Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
FRAGOSO, Ana Paula de Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário Augusto Motta
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://deposita.ibict.br/handle/deposita/43
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Resumo: |
Este estudo segue as recomendações dos organismos internacionais para pesquisas clínicas com acupuntura (STRICTA e CONSORT), tendo como referência, autores antigos, modernos e contemporâneos da Medicina Chinesa, para lançar um olhar mais atento sobre sua seqüela motora mais grave e prevalente do AVC: A hemiparesia espástica crônica do membro superior, com a finalidade de avaliar os efeitos imediatos da estimulação manual de acupontos sobre a função muscular (atividade elétrica e força) do bíceps braquial de indivíduos saudáveis e pacientes, através de uma visão ampla e histórica de sua fisiopatologia e tratamento: Métodos: Este ensaio clínico, randomizado, cego com 4 grupos paralelos teve como ponto de partida uma revisão sobre as questões metodológicas e bioéticas inerentes às pesquisas com acupuntura em seres humanos, seguido de um aprofundamento teórico médico oriental e ocidental sobre a etiopatogênia e fisiopatologia do AVC. A prescrição dos acupontos utilizados nas intervenções nos grupos de aagulhamento local (sobre o bíceps – CS2) e tradicional para hemiparesia (IG11) foi guiada por um levantamento estatístico de distribuição e de frequencia temporal de descrição na literatura. Antes de sua execução, o protocolo eleito para o ensaio, teve sua metodologia detalhada e publicada em um artigo à parte. Resultados: As questões metodológicas e éticas levantadas por estudos clínicos com acupuntura apontam incongruências que vão desde a eleição da intervenção, aos métodos de avaliação e suas variáveis, bem como a ausência de critérios de randomização e controle e o uso de procedimentos placebo questionáveis. No que tange a etiopatogenia da hemiparesia, observamos que as causas atribuídas ao AVC e suas sequelas não diferem significativamente desde os relatos clássicos chineses até os dias de hoje, e que os padrões sindrômicos achados com maior frequencia na população de hemiplégicos foram o de Fogo e Fleuma. Os meridianos dos sistemas Yangs dos membros são os estimulados com maior frequencia e o IG4 o ponto mais citado entre os 85 autores pré-modernos e modernos. Por fim, observamos que a acupuntura manual (IG11 e CS2) promove uma estimulação neuromuscular suficiente para gerar significativa redução do sinal de recrutamento eletromiográfico de unidades motoras do bíceps em indivíduos sadios, mas o mesmo não aconteceu nos voluntários portadores de hemiparesia espástica crônica. Conclusões: Muito embora não haja nenhuma explicação fisiológica conclusiva para os resultados neuromusculares observados ao EMGs, este estudo propõe um modelo mais claro, que pormenoriza os mecanismos e estruturas da conhecida teoria reflexa medular, proposta anteriormente para os mesmo achados em adultos saudáveis, que é ao mesmo tempo compatível com as mudanças adaptativas descritas na fisiologia muscular de hemiparéticos e não deixa de considerar a técnica acupuntural. |