Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Flores, Juliana Artigas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8410
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Resumo: |
A pesquisa busca compreender como funciona o currículo das escolas não tradicionais (ENT). O termo ENT foi elaborado pelas autoras desta pesquisa, junto aos estudos de Barrera (2016). Este termo é utilizado para nomear instituições escolares que através de mudanças curriculares e estruturais se propõem a repensar o modelo educacional hegemônico. Para a elaboração desta pesquisa, utilizamos como corpus de análise cinco vídeos que fazem parte de um minidocumentário produzido pelo coletivo [Re]Considere e também pelo Canal Futura. Os vídeos foram transcritos e suas falas foram organizadas em forma de quadros, através de categorias. As sete categorias foram elaboradas a partir das falas, nas quais buscavam-se os elementos e temáticas mais repetidos nas falas. Partindo dessas categorias, fizemos a análise dos dados buscando como temática central a questão do currículo nestas instituições. Com este recorte produzimos duas análises, uma em forma de artigo, na qual apontamos algumas das temáticas exploradas por estes currículos. A segunda, em forma de capítulo, na qual exploramos quais metodologias e quais seriam os sujeitos que estas escolas almejam formar. Além disso, na elaboração desta pesquisa, tivemos também como resultado, um artigo que aponta como essas escolas são chamadas dentro do ambiente acadêmico, construindo assim, uma revisão bibliográfica da temática. Para a construção desta pesquisa, utilizamos como referenciais teóricos Silva (2015) e Paraíso (2001), no que tange a questão curricular. Para a análise sobre as escolas em si, utilizamos os trabalhos de Barrera (2016), Künzle (2011), Maldonado (2015) e Quevedo (2014), todas pesquisadoras da área. Ainda assim, no decorrer da análise utilizamos de outros referenciais que foram surgindo através dos dados, como Pacheco (2015), Freire (2013) e outros estudiosos. Através das análises, chegamos a conclusão que tais escolas apresentam em seus currículos diferentes metodologias oriundas dos mais diversos campos de saber, tais como: psicologia, enfermagem, pedagogia, entre outros. Ainda assim, notamos a forte tendência do movimento da Escola Nova dentro do currículo destas instituições. A pluralidade teórica destas escolas é uma marca em seus currículos, e notamos também que, ao utilizarem diversos autores, alguns conceitos já existentes, acabam por se transmutar em novos conceitos, recebendo assim, novas nomenclaturas. Observamos que estas escolas possuem em seus currículos um profundo olhar para o coletivo, uma tendência a trabalhar a educação emocional, uma horizontalidade no que tange a construção das relações, um diálogo profundo entre comunidade e escola e, principalmente, um cuidado acerca da temporalidade e da individualidade dos discentes em relação aos seus próprios projetos de estudos. Por fim, demarcamos que tais currículos possibilitam a construção de outros sujeitos dentro destes ambientes escolares. Sujeitos estes que apresentam um olhar mais atento ao coletivo, um cuidado integral (consigo e com os demais), um empoderamento pessoal e, ainda assim, uma postura epistemologicamente aberta e curiosa. Assim, salientamos a importância deste trabalho dentro do campo da educação e dos estudos sobre currículo. |