Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Dalmolin, Graziele de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/5985
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Resumo: |
Trabalhadores de enfermagem vivenciam problemas morais em seus cotidianos profissionais, o que lhes provoca sofrimento moral, o qual pode estar associado ao desenvolvimento da síndrome de burnout, visto apresentarem manifestações emocionais e físicas semelhantes. Assim, o presente estudo apresentou como objetivo geral “identificar relações entre sofrimento moral e burnout nas vivências profissionais dos trabalhadores de enfermagem”; e como objetivos específicos: identificar a freqüência e intensidade de sofrimento moral vivenciada por trabalhadores de enfermagem; avaliar a ocorrência da síndrome de burnout em trabalhadores de enfermagem; e, identificar as dimensões do burnout mais significativamente associadas ao sofrimento moral. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo de abordagem quantitativa, realizado em três instituições hospitalares (H1, H2 e H3) do sul do Rio Grande do Sul, localizadas em dois distintos municípios (M1 e M2). Os sujeitos do estudo foram enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem atuantes nessas instituições. Os dados foram colhidos, de outubro de 2010 a julho de 2011, mediante questionário para caracterização dos sujeitos, uma adaptação do Moral Distress Scale e o instrumento Maslach Burnout Inventory (MBI). Para análise dos dados, utilizou-se de estatística descritiva; análise de variância (ANOVA); análise bivariada com utilização da correlação de Pearson; e, análise multivariada, através de regressão múltipla. A validação dos dados ocorreu através da análise fatorial e alfa de Cronbach. Para o sofrimento moral foram validados quatro constructos denominados Falta de competência na equipe de trabalho, Desrespeito a autonomia do paciente, Condições de trabalho insuficientes e Obstinação terapêutica. Para o burnout foram validadas as três dimensões que o caracterizam, exaustão emocional, realização profissional e despersonalização. A partir da análise dos dados foram construídos três artigos para apresentação dos resultados. O primeiro artigo “Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem: quem vivencia maior sofrimento moral?” demonstrou que enfermeiros e auxiliares de enfermagem possuem médias mais elevadas de percepção de sofrimento moral comparados aos técnicos de enfermagem, sendo a percepção de sofrimento moral influenciada, principalmente, por questões organizacionais e formas de comunicação. O segundo artigo “Burnout em trabalhadores de enfermagem do sul do Rio Grande Do Sul” demonstrou que esses trabalhadores de enfermagem apresentaram níveis de baixo a moderado nas dimensões de exaustão emocional e despersonalização e, de moderado a alto em realização profissional, fatores que são influenciados também por características dos trabalhadores e seus ambientes de trabalho. Por fim, no terceiro artigo “Sofrimento moral e síndrome de burnout: existem relações entre esses fenômenos na enfermagem?”, verificou-se a existência de uma correlação baixa entre sofrimento moral e burnout, além de uma possível correlação positiva entre obstinação terapêutica e burnout, e uma correlação negativa entre realização profissional e sofrimento moral. Parece evidente a necessidade de implementação de ações de melhoria das condições de trabalho e da comunicação nos ambientes de atuação da enfermagem, favorecendo os enfrentamentos, as tomadas de decisão, o exercícioda autonomia, e, principalmente, a qualidade do cuidado de enfermagem e saúde/satisfação de seus trabalhadores para que possam expressar seus valores e saberes, em defesa dos valores profissionais e dos direitos dos pacientes. |