A variabilidade temporal do transporte de volume da Corrente do Brasil nas imediações da Cadeia Submarina Vitória-Trindade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Caspel, Mathias Rucker Van
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/10208
Resumo: O estudo da circulação oceânica é de grande importância para a compreensão do sistema climático terrestre. Apesar disso, o conhecimento sobre diversas regiões ainda é incipiente e, muitas vezes, baseado num pequeno montante de dados como, por exemplo, a região oceânica ao sul da Cadeia Submarina Vitória-Trindade (CSVT). Estudar a variabilidade nessa região é o objetivo central do projeto MOVAR (Monitoramento da Variabilidade do Transporte entre o Rio de Janeiro- RJ e a Ilha da Trindade- ES) que, para isso, realiza a coleta periódica de dados de batitermógrafos descartáveis (XBT) ao longo de uma seção ao largo da Bacia de Campos, chamada seção AX97. Como contribuição ao projeto, a seção foi explorado utilizando, além dos dados mensurados, os resultados de duas simulações numéricas realizas com o OCCAM (Ocean Circulation and Climate Advanced Modelling Project). Os resultados mostraram que o aumento da resolução espacial de 1/4o (OC4) para 1/12o (OC12) gerou melhoras significativas nos resultados modelados e, consequentemente, nas estimativas da variabilidade oceânica.O transporte de volume da CB foi calculado utilizando o método dinâmico considerando dois níveis de referência, 680 m e 400 m. O nível mais raso foi considerdo mais adequado para região e resultou no tranporte médio de -5,1 ± 0,9 Sv para os dados do OC12 e de -3,3 ± 2,1 Sv para os dados de XBT. Além dos valores médios, a variabilidade na região foi investigada usando dados do OC12 e foi constatado que a corrente apresenta mudanças de intensidade e posição resultando em ciclos com frequências próximas a anual e semi-anual. Quando a CB esta fraca, o fluxo de água pelo canal secundário (mais distante da costa) da CSVT é pequeno e a corrente apresenta um padrão meandrante ao sul da CSVT. Quando o transporte é maior, a bifurcação da CB é evidente sendo o fluxo intenso nos dois canais, a corrente de contorno se reorganiza junto ao talude logo depois de passar pela cadeia. Os cenários parecem se suceder e podem estar associados à propagação de vórtices; quando a corrente se intensifica ela se torna mais instável, o meandramento se inicia para dissipar energia e, neste processo, pode gerar um vórtice.