Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Longaray, Deise Azevedo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/5094
|
Resumo: |
Esta tese foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, na linha de pesquisa "Educação científica: implicações das práticas científicas na constituição dos sujeitos", e teve como objetivo geral investigar os enunciados e as práticas de si que constituem os/as sujeitos/as gays, travestis e transexuais nos espaços educativos. A pesquisa foi produzida com base nos pressupostos teóricos da perspectiva foucaultiana e da teoria Queer. O corpus de análise foi composto por narrativas produzidas por sujeitos/as gays, travestis e transexuais do município de Rio Grande/RS, com a articulação entre a metodologia da História Oral Temática e a Observação Participante. Para o processo analítico, utilizamos algumas ferramentas da Análise do Discurso proposta por Michel Foucault. Ao analisar as enunciações, destacamos a emergência de alguns discursos e enunciados, os quais foram problematizados ao longo dos artigos que compõem a tese. Entre estes, elencamos o enunciado a constituição da homossexualidade, o qual foi problematizado com base em três cenas enunciativas: a busca de uma explicação e/ou gênese para a homossexualidade; o desejo como constituinte da subjetividade homossexual; e as questões de gênero e suas relações com a homossexualidade. Destacamos o discurso da heteronormatividade com as enunciações que evidenciam o quanto alguns espaços educativos interpelam os sujeitos e produzem efeitos em suas subjetividades. Ao mesmo tempo em que se constituem como espaços educativos, buscam conduzir a vida dos sujeitos com base em suas estratégias de governo/governamento. O outro enunciado analisado foi a produção do corpo e a (re)invenção de si, o qual foi problematizado com as enunciações de travestis e transexuais sobre a fabricação dos seus corpos e a produção da feminilidade. A rede de enunciações produzida possibilitou entendermos como se constituem os sujeitos que participaram deste estudo e quais são as práticas de si e as estratégias de fabricação de si envolvidas no processo de produção de suas subjetividades. Evidenciamos a escola e a universidade como instituições em que o controle e a vigilância regem sua organização e estrutura. Problematizamos a necessidade de articular a discussão das temáticas multiplicidades sexuais e de gênero aos projetos político-pedagógicos das instituições de ensino, buscando desconstruir algumas “verdades” produzidas sobre as subjetividades lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais que, de alguma forma, colaboram para a produção da desigualdade e da homofobia. A heteronormatividade é expressa e reforçada em diferentes espaços sociais, em normas reguladoras de gênero e sexuais, reproduzindo práticas excludentes e discriminatórias, pois tais normas incidem sobre a negação e a invisibilidade de determinadas subjetividades. A partir de técnicas de si, transexuais e travestis trazem à tona diferentes posições de sujeito, desafiando, em muitos casos, a heteronormatividade. |