Ação cardioprotetora da 3,5-dipalmitoil-nifedipina em cultura de cardioblastos submetidos à condição de isquemia e reperfusão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Helena, Eduarda Santa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8169
Resumo: Este trabalho investigou os efeitos agudos da nifedipina, um fármaco bloqueador de canal de cálcio utilizado como anti-hipertensivo, e seu híbrido graxo, a 3,5- dipalmitoil-nifedipina, formada de duas cadeias de ácido palmítico ligadas as extremidades da nifedipina. Sua ação foi estudada durante a indução da condição de isquemia e reperfusão em células cardíacas da linhagem H9c2 (cardioblastos) e comparada aos efeitos do endocanabinoide anandamida. As células foram mantidas em meio DMEM suplementado com soro fetal de bovino (10%), e antibiótico e antimicótico (1%). As concentrações utilizadas dos fármacos foram de 10 e 100µM. Avaliou-se a viabilidade celular utilizando o ensaio colorimétrico de MTT, a indução de apoptose e necrose por microscopia de fluorescência e a geração de espécies reativas de oxigênio por fluorimetria. Cardioblastos (1x105 células/mL) receberam as drogas previamente a indução de hipóxia em placas de 24 ou 96 poços (conforme o ensaio a ser realizado) permanecendo em tratamento por 30 minutos, tempo da hipóxia. Os grupos experimentais foram: controle (cardioblastos meio de cultura DMEM), H/R (cardioblastos em meio de cultura DMEM + indução da hipóxia e reoxigenação - H/R), jejum (cardioblastos em PBS), jejum + H/R (cardioblastos em PBS + indução da hipóxia e reoxigenação), jejum + veículo (cardioblastos em PBS + 10% do veículo dos fármacos - DMSO), jejum + H/R + veículo (cardioblastos em PBS + 10% DMSO + indução da hipóxia e reoxigenação), anandamida (cardioblastos em jejum PBS + AEA 10 ou 100 µM), anandamida + H/R (cardioblastos em jejum PBS + AEA 10 ou 100 µM + indução da hipóxia e reoxigenação), nifedipina (cardioblastos em jejum PBS + NIF 10 ou 100 µM), nifedipina + H/R (cardioblastos em jejum PBS + NIF 10 ou 100 µM NIF + indução da hipóxia e reoxigenação), 3,5- dipalmitoil-nifedipina (cardioblastos em jejum PBS + DPN 10 ou 100 µM DPN) e 3,5- dipalmitoil-nifedipina (cardioblastos em jejum PBS + DPN 10 ou 100 µM DPN + indução da hipóxia e reoxigenação). Todas moléculas testadas reduziram o estresse oxidativo quando comparadas ao grupo veículo. A viabilidade celular observada após ao processo de isquemia e reperfusão, aumentou quando as células eram tratadas com anandamida em ambas as doses e com a 3,5- dipalmitoil-nifedipina na concentração de 100 µM. Demonstrou-se por tanto, que o processo hibridização de duas cadeias de ácido palmítico a uma molécula de nifedipina atribuiu um maior efeito cardioprotetor à molécula, reduzindo os danos provocados pela isquemia e reperfusão em cultura de cardioblastos.