Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Couto, Andréia Martins do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/9605
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Resumo: |
Introdução: O cotidiano do trabalho portuário expõe os trabalhadores a situações geradoras de doenças e agravos à saúde, tais como a inadequação dos locais em que se efetiva o manuseio, o armazenamento e transporte de cargas e de materiais perigosos, como os tóxicos e radioativos, e, principalmente, à exposição a ruídos ocupacionais. Objetivos: Identificar fontes ruidosas no ambiente portuário como contribuição potencial para o dano auditivo do trabalhador bem como os diagnósticos de alteração fisiológica do trato auditivo que resulta em doença no trabalhador portuário. Metodologia: Estudo observacional descritivo, exploratório de caráter quantitativo desenvolvido no Porto Novo, área do Porto Organizado, do extremo sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu utilizando-se de dois procedimentos: a primeira corresponde à observação do trabalhador no ambiente de trabalho com 87 observações não participantes de 66 trabalhadores portuários avulsos e a segunda corresponde à coleta de dados secundários. Para medição dos níveis de pressão sonora presente no ambiente portuário, foi utilizado o Medidor de Níveis de Pressão Sonora, chamado Decibelímetro. Na segunda etapa, dois procedimentos foram utilizados: análise retrospectiva de dados secundários e análise prospectiva por observação não participante dos trabalhadores em seu local de trabalho. Para o primeiro procedimento a população foi constituída por 916 TPA, no segundo procedimento a amostra constituiu-se de 66 TPA observados. Resultados: Durante a observação não participante foi percebido que a categoria da capatazia apresentou maior exposição às fontes ruidosas, sendo essas as produzidas por veículos automotores, equipamentos automatizados e mecânicos. Por meio dos dados secundários, identificou-se que 641 (48,1%) trabalhadores portuários avulsos apresentaram alguma alteração auditiva. A categoria que apresentou maior frequência de diagnóstico de perda auditiva induzida por ruído foi a capatazia com (56,9%), seguida da estiva (32,7%), dos conferentes de carga (8,2%), dos vigias de embarcações (2,7%) e dos trabalhadores em bloco (2,0%). A variável idade diferiu significativamente entre os trabalhadores com e sem alterações de perda auditiva induzida por ruído (p=0,000). Referente ao uso dos protetores auriculares, 98,5% dos trabalhadores portuários avulsos não o faziam. Conclusão: Todos os trabalhadores que desenvolvem atividades no ambiente portuário, expõem-se a fontes ruidosas. Sendo possível a correlação entre a idade e a perda auditiva induzida por ruído nos trabalhadores portuários avulsos. A não utilização dos protetores auriculares e a exposição a essas fontes favorecem o desenvolvimento de danos à saúde auditiva. |