Avaliação da Toxicidade e Degradação do carbofurano por Cinco Espécies Fitoplanctônicas Dulcícolas Subtropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bicho, Mirian da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8705
Resumo: O desenvolvimento de atividades agrícolas e industriais tem conduzido à contaminação de ambientes aquáticos por compostos químicos raramente ou nunca encontrados na natureza. Os pesticidas, incluindo os inseticidas que são frequentemente usados para reduzir ou eliminar pragas, trazem grandes preocupações à população pelo seu uso indiscriminado. O carbofurano é um inseticida de amplo espectro utilizado mundialmente, cuja toxicidade para o fitoplâncton tem sido pouco estudada, bem como o potencial de sua degradação. Este trabalho visa avaliar a influência do carbofurano no crescimento de cinco espécies fitoplanctônicas dulcícolas subtropicais, bem como a degradação deste composto pelas microalgas. Foram montadas culturas de Desmodesmus communis, Cosmarium depressum var. planctonicum, Pediastrum boryanum, Spondylosium pygmaeum e Xanthidium antilopaeum, com adição de seis concentrações de carbofurano (10; 100; 500; 1.000; 5.000 e 10.000 g/L). Um controle com algas e sem carbofurano e outro sem algas e com carbofurano foram preparados para mensurar o crescimento padrão e a degradação não biológica, respectivamente. As culturas (triplicata) foram mantidas por aproximadamente 13 dias para análise dos parâmetros de crescimento e toxicológicos. Além disso, foi avaliada a concentração de carbofurano por espectrometria de massa (LC-ESI-MS/MS) no início e no final dos experimentos. Quatro cepas apresentaram diferenças significativas entre o crescimento observado no controle e as concentrações mais elevadas enquanto Pediastrum boryanum não apresentou toxicidade. Desmodesmus communis e Xanthidium antilopaeum apresentaram maior crescimento na nas concentrações intermediárias de carbofurano, possivelmente relacionado à metabolização e utilização do composto. As análises de carbofurano demonstraram degradação de aproximadamente 100% na presença das cepas, enquanto a degradação não biológica foi de no máximo 50%. Este processo já foi bem estudado em bactérias e fungos, enquanto, para microalgas, apenas a degradação de outros pesticidas havia sido documentada, sendo este o primeiro registro de degradação do carbofurano pelo fitoplâncton.