Contaminação por compostos organoestânicos na baía de Todos os Santos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pereira, Vanda Artifon
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8671
Resumo: Uma avaliação espaço-temporal da contaminação de compostos organoestânicos foi realizada na baía de Todos os Santos utilizando sedimentos superficiais, tecidos de moluscos bivalves e a ocorrência de imposex. Para a abordagem espacial foi feita análise química dos sedimentos superficiais (10 pontos) e moluscos bivalves (9 pontos) (Mytella guyanensis e Anomalocardia brasiliana) coletadas entre 2010 e 2011. Para a análise temporal 7 destas amostras de sedimento superficial foram recoletadas no ano de 2012. Adicionalmente, em 2012 foi também avaliada a ocorrência de imposex (RPLI, FPLI, VDSI e % imposex) em Stramonita rustica (11 pontos) em comparação com resultados de 2004. Todos os pontos amostrados foram escolhidos baseados na presença do tráfego de embarcações que é intenso dentro da baía de Todos os Santos. A avaliação espacial mostrou que elevados níveis de TBT (262 ng Sn g-1 para sedimentos superficiais e 421 ng Sn g-1 para tecidos de moluscos bivalves) foram encontrados na parte mais interna da baía, onde há uma menor hidrodinâmica e maior predomínio de sedimentos finos com maiores teores de carbono orgânico. Os valores detectados nos moluscos bivalves coletados na estação Rio do Cunha (S8) representam riscos potencias à saúde, visto que M. guyanensis (sururu) é bastante consumida pela população local e as concentrações de TBT encontradas foram acima dos limites máximos de ingestão diária (250 ng kg-1 dia). Na avaliação temporal não foi observada diferença significativa (p>0,05) entre as concentrações de TBT nos sedimentos coletados em 2010/2011 e 2012. Porém, o predomínio dos metabólitos (IDB>1) nos sedimentos de 2012 indica uma degradação dos aportes antigos de TBT. Apesar disso, a redução nos índices de imposex em S. rustica ao longo da última década indica uma diminuição da contaminação por TBT, pelo menos na região mais externa e, possivelmente, menos impactada da baía. Sendo assim, os resultados sugerem que os aportes recentes de TBT são menores do que foram no passado Esta melhoria está relacionada a implantação de legislações a nível nacional e internacional que, a vários anos, vêm proibindo o uso de TBT em tintas anti-incrustantes. No entanto, os níveis de contaminação TBT ainda são relevantes, especialmente na parte interna da baía de Todos os Santos, pois estão acima dos que causam toxicidade a biota.