Estudo do gênero Polygonum L. (Polygonaceae) em áreas úmidas do extremo sul do Brasil

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Pereira, Paulo Eduardo Ellert
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Micromorfologia de frutos; Macromorfologia vegetal; Rio Grande do Sul; Áreas úmidas; Macrófitas aquáticas; Fruits micromorphology; Plant micromorphology; Wetlands; Aquatic macrophytes
• Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/6044

Polygonum compreende aproximadamente 30 espécies distribuídas principalmente em regiões temperadas do hemisfério norte. Para o Brasil são aceitas 16 espécies, tipicamente de ambientes úmidos, sendo 10 registradas para o Rio Grande do Sul. A análise de caracteres morfológicos e a delimitação de espécies de Polygonum em ambientes úmidos do extremo sul do Brasil foi o objetivo deste estudo. O trabalho foi realizado com base em coletas, observações a campo e análises morfológicas pelo microscópio estereoscópico e MEV – microscópio eletrônico de varredura, em exemplares coletados e de Herbários. Foram registradas nove espécies: P. acuminatum Kunth, P. aviculare L., P. capitatum Buch.-Ham. ex D. Don, P. ferrugineum Wedd., P. glabrum Willd., P. hydropiperoides Michx., P. meisnerianum Cham. & Schltdl., P. persicaria L. e P. punctatum Elliot.. A separação das espécies se deve principalmente por características das inflorescências, como a forma, tamanho, localização e densidade de flores, forma dos frutos e presença/ausência de cílios nas ócreas. Polygonum hydropiperoides e P. punctatum são muito confundidas, distinguindo-se pelas inflorescências lineares interrompidas na base e presença de glândulas principalmente nas tépalas da última. Polygonum punctatum foi a espécie mais comum na área estudada. Por outro lado, P. persicaria mostrou ser rara no local por ter poucos indivíduos coletados, e especialmente P. aviculare, P. capitatum e P. glabrum, por só serem encontrados exemplares em herbário. O número de espécies registradas para a área estudada retrata a importância deste gênero para o extremo sul do Brasil, cuja área detém a quase totalidade de espécies registradas para o Estado.