Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Maximilla, Naiana Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/9106
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Resumo: |
Essa dissertação é resultado de um estudo de natureza qualitativa que buscou explorar como é abordada a temática "ciência e método" em disciplinas de metodologia de pesquisa ou metodologia científica (MPC) em cursos de nível superior de uma universidade do sul do Brasil. Para a produção de dados realizei entrevistas semiestruturadas com professores das disciplinas de MPC. Essas entrevistas foram gravadas em áudio e posteriormente transcritas para texto. O campo teórico e a metodologia de análise se fundem, sendo utilizados conceitos e problematizações tanto da vertente pós-estruturalista quanto de trabalhos de filósofos da "nova filosofia da ciência". Identifiquei que coexistem diferentes discursos sobre ciência e método entre os professores de MPC, mas que a maioria apresenta um entendimento de uma ciência aberta e contingente e de metodologia pluralista, ao passo que alguns entendem a ciência em consonância com as filosofias empiricista e racionalista - perspectiva comum nas ciências naturais, que associam ciência ao "método" e razão. Contudo, poucas disciplinas apresentam discussões mais aprofundadas sobre ciência e método, devido à carga horária curta das MPC semestrais ou ao período em que a disciplina é ofertada. Nesse último caso, tais discussões ficam "prejudicadas" quando a disciplina está inserida nos dois primeiros anos do curso de graduação. Aquelas disciplinas que apresentam discussões de aspectos históricos e filosóficos da ciência são anuais e oferecidas nos últimos anos dos cursos. Para articular os dois achados, eu discuto como aspectos filosóficos e históricos do conhecimento são, normalmente, deixados de lado na prática de ensino e como os entendimentos mais amplos sobre ciência acabam permanecendo apenas dentro de um espaço específico na academia, como nas áreas das ciências humanas - educação, filosofia, etc. Defendemos que discussões contemporâneas sobre ciência sejam feitas juntos aos estudantes de diferentes cursos, em diferentes disciplinas e, preferencialmente, naquelas disciplinas que se dedicam a trabalhar aspectos que estão intrinsecamente relacionados ao fazer e pensar científico. |