Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Hartmann, Bruna Berres |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/9253
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Resumo: |
Esta dissertação, a partir do diálogo entre a Linguística Aplicada e a Linguística Enunciativa de Émile Benveniste, tem como objetivo investigar, por meio do relato de um falante estrangeiro, a maneira pela qual as identidades de aprendizes de português como língua adicional, inseridos em uma universidade pública brasileira, são construídas em diferentes situações de interlocução, inclusive aquelas instanciadas em meios digitais. Discutimos a constituição da identidade e de homem como correlatas à sociedade na qual o indivíduo se propõe a atuar, em uma perspectiva de interface entre dois campos de estudos da linguagem, a Linguística da Enunciação, com bases benvenistianas, e a Linguística Aplicada. Para isso, propomos articular esses embasamentos à busca pela capacidade simbólica de posicionar-se ativa e criticamente em uma sociedade, no contexto universitário, especialmente, e em situações mediadas, também, por recursos tecnológicos. Compreendemos que além de estar apto a comunicar-se de maneira eficiente na língua em questão, ou seja, deter o domínio da forma da língua, do ponto de vista instrumental, julgamos ser necessário ao falante deter outros conhecimentos que não apenas comunicativos. Portanto, faz-se necessária a habilidade de adaptar-se aos diferentes contextos linguísticos, além de compreender e saber como participar dos jogos de poder que são estabelecidos na e pela língua, o domínio da competência simbólica. Assim, o locutor deve estar apto a compreender o contexto maior no qual está inserido, a sociedade, para, a partir disso, buscar seu espaço de atuação e ação em relação à sociedade. Para isso, analisamos recortes enunciativos coletados em entrevistas orais semiestruturadas realizadas com um aluno estrangeiro aprendiz de português como língua adicional, a partir das quais buscamos perceber a maneira como o indivíduo compreende a sua apropriação da língua e sua conversão em discursos como o meio pelo qual sua identidade é construída no convívio social, bem como a maneira como percebe a sua aquisição linguística como o meio pelo qual sua inserção na sociedade é facilitada ou não, ou seja, se lhe é propiciado o empoderamento linguístico através da apropriação do sistema da língua portuguesa. Para tanto, estipulamos como categorias de análise, de base enunciativa, o ato, a intersubjetividade, a referência e o tempo-espaço da enunciação, além de, em bases aplicadas, analisar o desenvolvimento da competência simbólica e, como resultado destas categorias, refletir sobre a construção da identidade. Como resultado, percebemos que a apropriação da língua e a sua conversão em discursos de fato propicia ao indivíduo a sua inserção na comunidade de fala, além de inseri-lo em diferentes contextos de atuação, sejam estes presenciais ou digitais. Concluímos, assim, que as identidades são constantemente (re)construídas na e pela linguagem, pois são forjadas nas relações interlocutivas e alteram-se conforme as necessidades impostas na situação comunicava, no intuito de participar dos jogos de poder estabelecidos na linguagem |