Breve História da Literatura brasileira, de Erico Verissimo: do contador de histórias ao historiador da Literatura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Maciel, Samuel Albuquerque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/4880
Resumo: Esta pesquisa está vinculada ao projeto “A historiografia literária de autoria sulina”, de responsabilidade do professor Carlos Alexandre Baumgarten. Nesse sentido, desenvolve-se a análise, com base nos pressupostos da Teoria da História da Literatura, de Breve história da literatura brasileira, texto escrito por Erico Verissimo na década de 40 do século XX. Embora tenha sido editado em 1945 pela The Macmilhan Company e depois reeditado em 1969 pela Greenwood Press, a obra foi lançada no Brasil apenas na década de 90, a partir de um trabalho de tradução realizado por um grupo de pesquisadoras da PUCRS, sob a coordenação da professora Maria da Glória Bordini. A análise da historiografia literária em questão enfoca, primeiramente, a imprescindibilidade de salientar a importância que estudos da História da Literatura vêm ganhando, especialmente a partir do final dos anos 60 do século passado. Seu exame também se torna fundamental justamente por resgatar e divulgar uma produção historiográfica que, a despeito de sua importância, tem alcançado raras pesquisas no campo dos estudos literários. Nesse sentido, torna-se imperioso realizar esta investigação sobre material significativo para a compreensão do processo de escrita da história da literatura brasileira e regional. Na sequência, busca-se investigar a visão que Erico Verissimo tem da literatura brasileira do período colonial e, posteriormente, daquela produzida no Brasil independente, demonstrando as transformações históricas, políticas e, sobretudo, sociais, cujos reflexos na literatura nacional motivaram uma preocupação maior nos autores modernistas, o que contribuiu para a literatura brasileira, segundo Erico, alcançar sua maioridade. Além de todas as determinações da elaboração dos critérios apresentados, este trabalho preocupou-se em revelar a simpatia do autor gaúcho em questão pelos aspectos sociais evidentes na literatura, já que principalmente estes teriam uma importância maior, pelo fato de funcionarem como uma ferramenta para a compreensão de um tempo difícil na humanidade. 7 Apesar de o trabalho de Erico não chegar a se constituir em uma inovadora história da literatura brasileira, ele acaba revelando uma textura histórica inusitada, se forem levadas em consideração as marcas de um tempo difícil da estrutura social brasileira e mundial. Além disso, sua criatividade, seu colóquio singular e sua consciência literária vislumbram um novo horizonte em nossa historiografia literária, abrindo, desse modo, espaço para novas e interessantes reflexões e debates acerca da literatura de nosso País.