Avaliação geoespacial da atividade pesqueira das comunidades de pescadores artesanais de São José do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Schwingel, Andréia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8745
Resumo: A pesca artesanal encontra-se em declínio na maior parte das zonas costeiras do Brasil e do mundo, levando a problemas ecológicos com a extinção local de determinadas espécies de pescado, e a problemas sociais, já que os pescadores deixam de dispor de seu principal meio de subsistência. No Brasil, a intervenção estatal não é considerada suficiente para superar essas dificuldades. Assim, diante da crise no setor pesqueiro, surgem às aplicações de ferramentas de geoespacialização como uma forma alternativa de auxiliar no manejo desses recursos. Além das análises com programas de georreferenciamento, o conhecimento dos pescadores sobre os recursos pesqueiros e seu meio e adaptação a ele, ou seja, a etnobiologia e a etnoecologia têm sido recentemente consideradas em planos de manejo, apesar de haver a necessidade de estabelecer uma melhor compreensão das percepções e da cognição dos pescadores. Os pescadores podem fornecer novas informações sobre a biologia e a ecologia das espécies, que podem ser utilizadas como complemento da informação técnico-científica na gestão das pescarias. No capítulo intitulado “Geoespacialização da atividade pesqueira no Estuário da Lagoa dos Patos, RS, Brasil” são discutidos quais são as áreas preferenciais de pesca e informações pessoais sobre a atividade pesqueira dentro do Estuário da Lagoa dos Patos pelos pescadores das principais comunidades pesqueiras de São José do Norte. Foram entrevistados periodicamente pescadores de cada comunidade, de outubro de 2015 a abril de 2016. Das 129 áreas previamente conhecidas, 52 áreas de pesca foram visitadas pelos pescadores e um total de 208256,00 kg de peixes e crustáceos amostrados nos 680 desembarques analisados. Os resultados encontrados mostram a situação preocupante do uso de ecossistemas exclusos, considerados legalmente regiões restritas à pesca e os altos índices de captura de espécies consideradas vulneráveis ou em perigo de extinção