Um estudo sobre a adesão e a implantação da Gestão de Riscos em Instituições Federais de Ensino Superior do RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bauer, Viviane Costa Touguinha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/9364
Resumo: Esta pesquisa objetivou compreender como acontece a adesão e a implantação da Gestão de Riscos nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e os resultados alcançados nesse processo. Para tanto, buscou-se embasamento na Teoria Institucional e seus pressupostos de legitimidade, isomorfismo e institucionalização, bem como no referencial teórico sobre a adoção de modelos como a Gestão de Riscos (GR), com foco na Administração Pública. A investigação foi realizada por meio de uma abordagem qualitativa, de natureza exploratória, com suporte de entrevistas semiestruturadas, documentos e observações nas seis IFES do Estado do Rio Grande do Sul. Os dados foram analisados através da técnica da análise de conteúdo. Os achados indicam que transcorridos quatro anos da publicação da normativa que inseriu este tema nas universidades, todos os gestores depositam um significativo nível de importância para a gestão de riscos e passaram a formalizá-la através das ações, embora ainda não se observe uma operacionalização do modelo comandado por uma estrutura própria. A necessidade de atendimento às normas e Órgãos Federais de Controle e de Auditoria foi identificada como um dos atributos que mais contribuíram para adesão ao modelo de GR. Estes Órgãos assumem papel relevante nesse processo, atuando como indutores do isomorfismo coercitivo e, consequentemente, contribuindo para a homogeneização das práticas realizadas pelas IFES. Todos os atributos identificados, tanto os que contribuem como os que inibem à adesão à GR por parte da alta administração, puderam ser resumidos em dois principais: a Gestão de Vanguarda e a Gestão Crítica. Quanto às motivações e às limitações para a implantação efetiva da GR, as limitações foram encontradas em maior número, demonstrando os desafios e as dificuldades que as IFES têm enfrentado e justificando o processo lento de institucionalização e operacionalização das ações, constatado em outros estudos, e percebido, na prática, neste. Dentre as motivações, destaca-se o desenvolvimento da consciência sobre a importância da GR e o apoio determinante por parte da alta administração, bem como o background da auditoria interna baseada em risco. Das limitações, pontua-se, para o início do processo, a falta de conhecimento e profundidade teórica do tema e a falta de uma cultura organizacional sobre os princípios e as práticas da GR; e para o seu desenvolvimento destaca-se a falta de mapeamento de processos, e a falta de pessoal e de uma estrutura organizacional que comporte a GR. De uma lista de ações que favorecem o envolvimento da instituição na GR preponderou a necessidade do top down para a efetividade da sua incorporação e a formação de um grupo de trabalho com pessoas capacitadas e com a presença de um especialista no assunto, da área acadêmica. A partir dessas constatações, elaborou-se uma proposta de boas práticas para as IFES que ainda estão iniciando o processo de implantação de um modelo de GR, levando em conta os seus Planos de Desenvolvimento Institucional - PDI, as suas estratégias e os seus objetivos definidos nele. Este estudo colabora, portanto, na compreensão dos atributos de gestão que contribuem ou inibem à adesão a modelos; dos fatores motivadores e limitadores, e das ações que favorecem o envolvimento da instituição na implantação da GR; além de elencar um conjunto de etapas a serem cumpridas para as instituições que ainda não iniciaram seu processo de implantação da GR.