Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Marreto, Rafaela Neves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/9962
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Resumo: |
Os aportes antropogênicos de origem urbana, portuária, naval e industrial provenientes da cidade do Rio Grande, situada às margens do estuário da Lagoa dos Patos (RS), podem alterar a qualidade das águas estuarinas. Foram avaliadas de forma espacial e temporal, as variações dos parâmetros físico-químicos, das concentrações totais de cobre (Cu), ferro (Fe) e zinco (Zn), dos nutrientes dissolvidos (amônio, fosfato), do fósforo total, da clorofila a e do Índice do Estado Trófico (IET) nas águas de margem e do Canal do Rio Grande. Os nutrientes e o IET foram avaliados também nas águas rasas da enseada Saco da Mangueira, ao sul da cidade. As amostragens da água, na superfície e fundo da coluna d´água, ocorreram em 2011 em três locais da área portuária (margem e canal) e em dois locais do Saco da Mangueira, em diferentes condições de salinidade. A localização e o tipo das principais indústrias e das atividades portuárias e navais instaladas nas margens da cidade foram identificados. Uma caracterização teórica dos efluentes gerados em cada uma destas atividades foi realizada. As concentrações de Cu, Zn e Fe na água variaram de forma distinta, de acordo com a salinidade do estuário. Os teores de Cu não apresentaram diferenças significativas (p>0,05) entre a margem e o canal, e entre os períodos amostrados. A concentração de Zn na margem diferiu significativamente (p<0,05) das concentrações verificadas no canal. Sazonalmente, as concentrações de Zn indicaram variações significativas (p<0,05). Os teores deste elemento no canal apresentaram correlações significativas (p>0,05) com o material em suspensão e o pH na água de superfície e com o pH na água do fundo. As concentrações de Fe das águas da margem diferiram significativamente (p<0,05) das do canal. Altos teores de Fe foram encontrados em todos os locais amostrados no inverno. No fundo do canal, os teores de Fe foram em geral elevados, independente dos locais e do período sazonal. O comportamento das concentrações de Fe e Zn esteve diretamente relacionado com a entrada da água salina no estuário, favorecida pelos ventos SSE, os quais influenciam na salinidade, pH e material em suspensão na coluna d´água. Os valores do IET indicaram que as águas do Saco da Mangueira são muito contaminadas por compostos fosfatados. O IET classifica essas águas como hipereutróficas, consequência do lançamento de efluentes insuficientemente tratados e da menor circulação da água nessa enseada. As concentrações de amônio indicam contaminação por nutrientes nitrogenados nessas águas. Nas margens do canal, a contaminação foi amena, sendo classificadas desde eutróficas até mesotróficas. Na água do canal houve um equilíbrio trófico (águas mesotróficas na superfície e oligotróficas no fundo), consequência da intensa circulação da água e diluição dos contaminantes oriundos das margens. O tratamento dos efluentes deve ser uma exigência para controlar os graves desequilíbrios tróficos das águas da margem da cidade do Rio Grande. Apesar das concentrações de metais analisados terem sido baixas nos locais amostrados, devido a diluição dessas concentrações causada pela grande mudança na dinâmica estuarina, estudos adicionais devem ser conduzidos junto ao novo estaleiro para construção de plataformas de petróleo (ERG), já que esta atividade é fonte provável de metais traço para as águas deste estuário. |