Fenótipo MXR na anêmona do mar Bunodosoma cangicum: mecanismo de efluxo de cobre e influência da temperatura e salinidade.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Anjos, Vanessa Abelaira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8242
Resumo: O ambiente aquático é passível de sofrer poluição, o que pode vir a interferir na saúde dos organismos que vivem neste ambiente. A utilização de biomarcadores é interessante, uma vez que eles mostram os efeitos biológicos que um poluente pode causar antes de afetar níveis maiores de organização. O fenótipo de resistência a múltiplas drogas (MXR) é conferido às células pela família de proteínas transportadoras ABC, que fazem o efluxo de agentes toóxicos e alguns metabólitos, sendo utilizado como um biomarcador de contaminação ambiental. Assim, o presente estudo objetivou caracterizar a atividade MXR em células de anêmonas Bunodosoma cangicum expostas ao cobre e também buscou conhecer como essa atividade se altera in vivo e in vitro diante de variações de temperatura e salinidade, além da exposição ao metal. Foi observado que a atividade MXR é importante para a efluxo do cobre, uma vez que quando a atividade das proteínas é inibida, há um aumento na acumulação do metal bem como um aumento na morte celular. Além disso, observou-se que a salinidade possui um efeito menor do que a temperatura sobre a atividade dessas proteínas, onde variações de salinidade não causaram alterações na atividade em relação ao controle, mesmo na presença do metal. Já a temperatura possui um maior efeito sobre a atividade MXR, onde temperaturas mais baixas (15ºC) inibiram a atividade, entretanto 20 e 25ºC não foram diferentes entre si. Já a associação das variações de temperatura com a presença do metal gerou novas respostas. Apesar da atividade MXR ter sido menos sensível às variações de salinidade, foram nessas condições que se evidenciou as diferenças existentes entre as respostas obtidas in vivo e in vitro. O modelo in vivo mostrou que a condição hipersalina é estressante para os animais, que produziram muco para reduzir o contato com o ambiente, já no modelo in vitro viu-se que essa mesma condição leva as células à morte. Portanto, o presente estudo demonstra a importância da atividade MXR como uma via para o efluxo de cobre e também alerta para a necessidade de monitoramento das condições abióticas no uso dessas proteínas como biomarcador ambiental, com especial destaque para a temperatura