A Educação Ambiental e o projeto comunitarismo na cidade de Pelotas/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva, Paulo Ricardo Granada Corrêa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8511
Resumo: O presente trabalho de Dissertação destinou-se a verificar os resultados obtidos com a proposta do projeto Ecomunitarismo da Universidade Católica de Pelotas, junto à Comunidade São Gonçalo, na cidade de Pelotas-RS, durante seus sete anos de existência. Esse trabalho de educação não formal, que nos conduziu à correlata linha de pesquisa no MEA (EANF), possui como meta, também, fortalecer uma área ainda carente de Educação Ambiental que é a avaliação de projetos ainda em desenvolvimento, com o objetivo de apreciar o que foi conseguido, ou não, para, dessa forma, poder colaborar na correção dos rumos. Para tanto, construímos uma base teórica referente ao Ecomunitarismo. Em seguida, averiguou-se qual era a proposta do projeto ecomunitarismo na cidade Pelotas, e, a partir de depoimentos dados pelos participantes, promotores (aplicadores) do projeto e membros da comunidade São Gonçalo, foi indagado o que pretendiam, bem como o que fizeram e o que acham que conseguiram. Finalmente, realizamos uma verificação entre o que propõe a teoria ecomunitarista e aquilo que o projeto estava ou não conseguindo fazer, no caso específico da comunidade São Gonçalo. A referida comunidade São Gonçalo, pelas condições sociais de que era dotada, representava em sua totalidade aquilo a que Marx denominava de Lupemproletariat, ou seja, o lixo de todas as classes. O trabalho pedagógico, desenvolvido pela UCPel, de desvelamento crítico da realidade e de ação transformadora sobre esta comunidade, conseguiu resgatá-la da condição de lumpesinato a que estava imersa. Considerou-se, finalmente, que de uma comunidade que se submetia a resignação solícita, pela condição de alienação sociocultural, na qual se encontrava mergulhada, a roubar-lhe o processo de humanização imposta pelo sistema dominante, passa à ação transformadora de sua realidade. Todavia, há que referenciar a carência do aporte teórico da teoria do ecomunitarismo e o temor de que a comunidade, sem o norte regulador que este representa, no dizer de Velasco, possa ficar andando em círculos, mesmo diante das melhores intenções.