Cultivo de fumo, agrotóxicos e indústria tabagista : possíveis efeitos sobre a saúde física e mental dos trabalhadores diretamente envolvidos na atividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Espindola, Douglas Correa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/10001
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo avaliar a relação entre indivíduos que trabalham nas atividades da produção de fumo com o desenvolvimento de patologias físicas e/ou mentais decorrentes da exposição aos agrotóxicos e/ou em função de tensões contratuais da indústria tabagista. A estratégia de identificação utilizada levou em consideração o método de Propensity Score Matching - PSM que permite, via criação de grupos sememelhantes em características observáveis, inferir o efeito médio da exposição à cultura do fumo sobre a saúde dos agricultores relacionados ao setor fumageiro. Os dados utilizados foram os disponibilizados pela Pesquisa Nacional da Saúde - PNS de 2013 do IBGE. Os resultados encontrados indicam que trabalhadores agrícolas da atividade fumageira estão mais propensos a ter baixa autoestima (15,38%), depressão (7,69%) e sentimentos de depressão (17,94%) do que trabalhadores envolvidos em outras atividades agrícolas. Tais resultados convergem com os trabalhos indicados pela literatura no que se refere às possibilidades de distúrbios psicológicos entre os produtores de fumo, a exemplo de Stallones (1990), Faria et al. (2014), entre outros. Quanto aos resultados a respeito da saúde física, não foram encontradas, neste estudo, evidências de que trabalhadores do setor fumageiro estejam mais propensos a sofrer patologias físicas se comparados a trabalhadores da agricultura familiar de outros setores.