Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Castro, Elisabete Farias de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.furg.br/handle/123456789/11344
|
Resumo: |
Esta pesquisa é dedicada ao imaginário simbólico, voltado para a contemplação das figurações da vida e seus ciclos, do tempo e da morte, na poesia de Cecília Meireles em Morena Pena de Amor (2017) e Vaga música (2017) e suas semelhanças com a cosmovisão da cultura afro-brasileira. Para tanto, analisa-se o simbolismo das águas – como fonte primária, elemento desagregador e sanador, também como leito de morte – representadas nas músicas populares brasileiras de influxos afros, buscando imagens similares e simbólicas, dado a recorrência desse elemento e desses simbolismos na poética de Cecília Meireles e nessas tradições. Objetiva-se identificar se, conforme apresentado em Batuque, samba e macumba (2019) e Olhinhos de Gato (1983), a pesquisa e a afetividade da poeta pelos (as) africanos (as) e afro descentes, sobretudo, Pedrina, ama da escritora, bem como pelo batuque, pelo samba e pelo carnaval, possam ter influenciado em como a autora percebe o mundo e a existência e, portanto, o modo como simboliza esses temas nas obras mencionadas. Tem-se como principais contributos teóricos as reflexões de Gastón Bachelard sobre o elemento como fonte de vida e pátria da morte em A água e os sonhos: ensaios sobre a imaginação da matéria (2018); os estudos das águas como representação do sagrado, realizado por Mircea Eliade em Tratado de las religiones – Vol II (1974); e as teses sobre o Regime Noturno das imagens, de Gilbert Durand, a respeito da importância, organização e relações de símbolos, arquétipos e mitos no imaginário e inconsciente da psique humana, organizadas em regimes de imagens e publicadas na obra Estruturas antropológicas do imaginário (2012). Essas contribuições auxiliam enquanto, tanto nos poemas quanto nas canções, as águas são valorizadas pelos instintos primordiais da humanidade, como a busca pela origem da vida, que possibilita o renascimento diante dos inúmeros desgastes, bem como o combate da angústia diante da passagem do tempo e da certeza da morte. |