Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Maiato, Alexandra Moraes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/4793
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Resumo: |
A educação brasileira tem como grande desafio promover uma educação para todos, sendo imprescindível que os professores recorram a alternativas metodológicas que permitam estimular a inteligência individual de cada aluno. Nesse sentido, os conhecimentos sobre o funcionamento do cérebro podem constituir contribuição importante para a educação. Para a neurociência cognitiva, aprendizagem e memória estão fortemente relacionadas, uma vez que a memória é o substrato orgânico para que ocorra a aprendizagem. Aprender envolve armazenar informações no cérebro e posteriormente resgatar representações mentais, recordando ou reconhecendo experiências anteriores, caracterizando um traço de memória que será subsídio para novas aprendizagens. Considerando que quanto maior o número de estímulos sensoriais, maior a possibilidade de ampliação do engrama e, consequentemente, das dicas de evocação de memória, através do uso de atividades multisensoriais podemos oportunizar aprendizagens mais complexas. No que diz respeito ao ensino de ciências, as aulas práticas, em especial as que envolvem experimentos, as quais são frequentemente apontadas como essenciais, destacam-se pela propriedade de envolver dois ou mais sentidos, apresentando também como estratégia de ensino com potencial para agregar vários indivíduos no mesmo contexto educativo. Nesse cenário, emerge o estudo aqui apresentado, o qual teve como ponto de partida o seguinte questionamento como as atividades práticas que envolvem experimentos interferem na atividade cerebral? O trabalho objetivou analisar a influência dos experimentos na aprendizagem, tomando como referência aspectos neurobiológicos. Para tal, foi necessário identificar a atividade cerebral dos sujeitos diante de uma situação pedagógica fundamentada na demonstração de um experimento realizado pelo pesquisador, diante da realização de um experimento pelos próprios sujeitos e diante da demonstração de um experimento já visualizado e já realizado anteriormente por eles mesmos; comparar a influência das situações de aprendizagens na ativação do cérebro; comparar o desempenho cognitivo e a percepção sensorial após atividade de observação e de realização de um experimento; analisar as causas de possíveis diferenças nos resultados nas diferentes situações pedagógicas adotadas. Constituíram amostra da pesquisa 3 alunos, de 13 anos, matriculados no 8º ano do ensino fundamental de uma escola particular de Rio Grande/RS. A coleta de dados ocorreu durante 5 dias e envolveu a captura de imagens cerebrais dos sujeitos diante de três situações pedagógicas propostas (observação de experimento, realização de experimento e observação de experimento já observado e realizado pelo próprio indivíduo), através de técnica não invasiva, com utilização do equipamento Emotiv Epoc. A partir dos resultados concluiu-se que as atividades práticas que envolvem experimentos tem ações positivas na aprendizagem, o que corrobora as tendências atuais a respeito do uso da experimentação no Ensino de Ciências. Ressalta-se, entretanto, que apesar da observação também ser fonte de construção de conhecimento, os resultados demonstram que a aula de experimentação em que o sujeito faz o experimento, além de envolver o indivíduo positivamente, exige mais esforço cognitivo, ampliando as chances de manter e/ou evocar informações na memória. Ainda que a pesquisa seja um estudo insipiente, os achados contribuem para sustentar uma visão positiva dessa prática pedagógica, apontando também a necessidade do professor pensar numa proposta construtivista do ensino, pois é ele quem vai dar qualidade às situações de aprendizagem, já que ter o estímulo sensorial é uma condição de possibilidade, mas não uma garantia de que ele aprenda. |