Efeito da dieta no desenvolvimento larval do peixe-rei odontesthes argentinensis (valenciennes, 1835): aspectos histológicos, bioquímicos e fisiológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Kutter, Mateus Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8190
Resumo: Este estudo avaliou os efeitos do alimento vivo ou inerte na sobrevivência, crescimento, biomassa, organogênese (trato digestório), atividade da tripsina e conteúdo protéico corporal em larvas do peixe-rei Odontesthes argentinensis entre 2 e 32 dias após a eclosão (dae). As larvas foram submetidas à 5 regimes alimentares: náuplios de Artemia (NA) por 30 dias; NA por 15 dias e alimento artificial (AA) por 15 dias; NA por 10 dias e AA por 20 dias; NA por 5 dias e AA por 25 dias. Após 32 dae, a sobrevivência, o crescimento e a biomassa foram dependentes do regime alimentar, diminuindo com o aumento da duração do tratamento das larvas com alimento artificial. Ao longo do desenvolvimento ontogenético, larvas que se alimentaram exclusivamente de NA mostraram uma tendência em acumular inclusões protéicas nos enterócitos, enquanto uma maior ocorrência de inclusões lipídicas foram observadas naquelas alimentadas com AA. A atividade corporal da tripsina foi menor nas larvas alimentadas exclusivamente com NA do que naquelas alimentadas exclusivamente com AA. Uma resposta contrária foi observada para a concentração corporal de proteínas. Os dados obtidos indicam que as larvas de peixe-rei são capazes de ingerir dieta inerte como primeiro alimento e que taxas de sobrevivência e crescimento relativamente altas podem ser obtidas com uma dieta mista de NA e AA. Entretanto, uma biomassa 9 vezes maior foi obtida quando as larvas foram alimentadas exclusivamente com NA do que com AA. Tal diferença parece resultar de uma melhor eficiência do trato digestório em digerir e acumular proteínas nas larvas alimentadas exclusivamente com NA, refletindo em uma maior acumulação corporal de proteínas e um maior crescimento nestas larvas