Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Trombini, Henrique |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/9184
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Resumo: |
A irradiação de sangue e componentes antes da transfusão é o único método recomendado pelo FDA americano (Food and Drug Administration) para a prevenção da doença enxertocontra-hospedeiro associada à transfusão (TA-GVHD). Essa irradiação pode ser realizada com irradiadores específicos de sangue, porém, na ausência desta metodologia, alternativas como equipamentos de cobaltoterapia e aceleradores lineares, ambos de uso clínico, podem ser utilizados para se irradiar sangue e componentes. O Ministério da Saúde e protocolos de outros países recomendam uma dose mínima de 25 Gy no plano médio do volume de sangue irradiado e estabelecem que a dose em qualquer outro ponto do volume não deve ser superior a 50 Gy. Entretanto, esses protocolos não recomendam nenhuma padronização relacionada ao controle da qualidade desse processo. Este estudo tem como objetivo implementar/aplicar o código MMC-PENELOPE (SALVAT et al., 2008) em procedimentos dosimétricos relacionados à irradiação de sangue considerando-se resultados de estudos experimentais disponibilizados na literatura sobre novas tecnologias associadas ao controle da qualidade da irradiação de sangue através do uso de equipamentos clínicos, cobalto 60 ( ) e acelerador linear (AL) de 10 MV (GÓES et al., 2010). As simulações realizadas neste estudo consideraram a rotação de 2 r.p.m. do vasilhame contendo sangue frente aos campos de radiação originados por um AL de 10 MV e por um equipamento de cobaltoterapia. Uma implementação na condição de término no código PENELOPE foi realizada com o objetivo de representar essa rotação utilizando-se objetos simuladores (OS’s) com as mesmas dimensões e materiais conforme aqueles usados nesse estudo experimental. De acordo com os resultados obtidos através da simulação, observou-se que a dose no plano central do OS variou entre 89 e 100% e entre 73 e 100% para irradiações realizadas com AL e 60Co, respectivamente. Através da comparação dos resultados teóricos obtidos pelo MMC-PENELOPE com aqueles obtidos experimentalmente, observou-se uma diferença de 1% e 10% nas distribuições de doses obtidas através da irradiação com AL e 60Co, respectivamente. Essas diferenças podem ser consideradas pequenas quando comparadas ao intervalo de dose entre 25 e 50 Gy recomendado para se irradiar sangue. Outro estudo teórico foi também realizado para avaliar as consequências dosimétricas da combinação dos materiais ar/sangue presentes no volume do vasilhame irradiado com um irradiador específico de 137Cs. Para as simulações que consideraram o volume do vasilhame preenchido com 50% de material sangue e 50% com material ar, os resultados mostraram que a camada de sangue na interface ar/sangue absorveu 72% da dose preconizada para a prevenção da TA- GVHD. Esse resultado é importante devido o volume associado a essa camada conter linfócitos T viáveis em quantidade suficiente para gerar a TA-GVHD considerando-se o caso em que a dose preconizada for de 25 Gy. De acordo com os resultados obtidos neste estudo, observou-se que o MMC-PENELOPE, através de implementações simples, pode ser aplicado no planejamento dosimétrico associado á irradiação de sangue, necessário para se disponibilizar sangue irradiado de qualidade. |