A experiência do microempreendedor individual (MEI) sob a ótica da qualificação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Wissmann, Alexandre Dal Molin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8549
Resumo: O objetivo do presente trabalho é compreender em que sentidos a experiência de atuação como Microempreendedor Individual (MEI) qualifica os trabalhadores nela envolvidos. A pesquisa classifica-se como de exploratória-descritiva e interpretativa. Os procedimentos técnicos empregados foram pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Os sujeitos da pesquisa são 56 MEIs que tem suas atividades produtivas localizadas na cidade de Rio Grande – RS. A entrevista semi-estruturada e a observação foram as técnicas utilizadas para a coleta dos dados empíricos. Os dados foram interpretados para em seguida proceder com sua análise. Primeiramente os sujeitos e suas características de trabalho foram descritos. Os resultados identificaram as formas pelas quais os sujeitos qualificam-se no e para o trabalho, suas dimensões técnicas e comportamentais e as competências como elementos estruturantes das relações de trabalho. Notou-se que em função de suas características como o baixo faturamento do negócio; os baixos níveis de escolaridade dos sujeitos; a baixa divulgação dos serviços prestados; a localização dos negócios em regiões periféricas; as barreiras de entrada que impedem o crescimento dos empreendimentos; os sujeitos acabam possuindo dificuldades no enfrentamento das situações, o que prejudica a aquisição de qualificações. Evidenciou-se que estes trabalhadores possuem uma tendência às qualificações no trabalho, utilizando-as de diversas maneiras por conta de seu baixo custo, acesso rápido e flexibilidade. Já com relação às qualificações para o trabalho existe ainda um distanciamento entre os trabalhadores e estes processos formais. É clara também a importância dos relacionamentos com diversos agentes, principalmente os familiares, na qualificação dos trabalhadores, parece haver uma forma de substituição da perda de noção de suporte social na relação de emprego, que é de alguma maneira, compensada pelos vínculos de solidariedade familiares ou comunitários. Conclui-se também que existe uma diversidade de vínculos de trabalho estabelecidos nestes espaços organizativos, em especial no que refere-se à informalidade, além disso esses vínculos buscam de alguma forma a redução dos encargos sociais. O sentido desta relação de trabalho pode ser atribuído, predominantemente, como alternativa à redução das oportunidades de emprego regular, e apesar do reconhecimento social e acesso à proteção social, ainda existe uma forte tendência ao rebaixamento do acesso a direitos trabalhistas, da qualidade da atividade e da estabilidade.