Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Germani, Yana Friedrich |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/10364
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Resumo: |
A zona costeira é uma região muito dinâmica, a qual busca constantemente atingir um estado de equilíbrio em função das variações ocorridas nas forçantes externas em diferentes escalas temporais e espaciais. Em pequena e média escala, ondas e correntes atuam sobre o transporte sedimentar. Em larga escala, o comportamento do nível médio do mar (NMM) torna-se relevante. Nos últimos 5,5 ka o NMM apresentou comportamento considerado aproximadamente estável, quando a evolução e diferenciação longitudinal das barreiras costeiras no Rio Grande do Sul (RS) ocorreu em função das variações da declividade do substrato e aporte sedimentar. Recentemente, devido às mudanças climáticas, o nível do mar tem aumentado rapidamente, fazendo com que a costa recue em diversas localidades ao redor do mundo. Neste contexto, o presente trabalho visa analisar a influência das variações na morfologia do substrato entre três setores costeiros adjacentes (Torres-Capão da Canoa-Imbé), na resposta durante à elevação acelerada do NMM em médio e longo prazos, previstos para as próximas décadas. Sendo assim, foram projetadas linhas de costa futuras para diferentes horizontes temporais, a partir de cenários de elevação projetados. O modelo Random Shoreface Translation Model (RanSTM) foi utilizado para simular a resposta costeira durante variações no nível do mar e/ou balanço sedimentar. Diferenças significativas nas taxas de recuo ou acreção da linha de costa foram investigadas em função das variações na morfologia da antepraia e do balanço sedimentar. Os setores apresentaram diferentes taxas de recuo médio da linha de costa, influenciadas primeiramente pelas variações batimétricas, seguidas pelas variações no balanço sedimentar. A influência das variações topográficas no campo de dunas e adjacências no recuo foi irrelevante. O setor “Capão”, com maior declividade na antepraia (0,154°) apresentou os menores valores de recuo (4,7 m e 38,3 m para 2040 e 2100), enquanto o setor “Imbé”, com a menor declividade na antepraia (0,110º) apresentou os maiores valores de recuo (26,6 m e 134,4 m para 2040 e 2100). Ainda, ao padronizar-se o comprimento do perfil no setor “Imbé”, obteve-se cerca de 30% de diminuição nas taxas de recuo da linha de costa, para médio e longo prazos. Os resultados obtidos demonstram a forte influência das variações na morfologia do perfil da xv antepraia em situação de elevação rápida do NMM, de maneira semelhante à que influenciou o comportamento da costa no início do Holoceno |