Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Diego Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/9143
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Resumo: |
Esta dissertação realiza um diálogo entre o romance En octubre no hay milagros (1965), do escritor peruano Oswaldo Reynoso Díaz (1931-2016), e a ética do sacrifício que orientou o modelo de militância revolucionária das agrupações políticas armadas latino-americanas da segunda metade do século XX. O trabalho pensa a modernidade literária peruana, examinando nesse sentido as condições históricas de desenvolvimento da geração de 50 e as suas principais características. Analisa a atmosfera sacrificial criada no romance com o auxílio das categorias de “festa” (Roger Caillois) e “erotismo” (Georges Bataille). Ademais, explora a hipótese de que as tensões sociais representadas por Reynoso sinalizam a ocupação da procissão do Señor de los Milagros pelo domínio da guerra. Os fundamentos antropológicos da instituição do sacrifício, nas contribuições de Marcel Mauss e Henri Hubert, René Girard e Georges Bataille, aparecem relacionados ao tema da violência política, que recebe atenção inicial mediante os postulados filosóficos de Hannah Arendt e Jean-Paul Sartre e, posteriormente, com estudos recentes sobre a experiência latino-americana, de modo que as considerações presentes nesta dissertação procuram aportar também ao debate acerca das raízes do conflito armado interno vivido pelo Peru a partir dos anos 1980. |