Desenvolvimento de filmes e blendas produzidas a partir de biomateriais para aplicação em embalagens ativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Moura, Jaqueline Motta de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8311
Resumo: Os materiais obtidos de polímeros biodegradáveis podem ser uma alternativa para a redução do impacto ambiental provocado pelos polímeros derivados do petróleo. Materiais de diferentes origens têm sido considerados como uma matéria–prima com viabilidade técnica e econômica para o desenvolvimento de filmes. Buscando fornecer uma maneira alternativa de utilizar alguns subprodutos da pesca, filmes biodegradáveis à base de gelatina de pescado, adicionado de quitosana, com diferentes características químicas (massa molar (MV) e grau de desacetilação (GD)), incorporadas com ácidos graxos insaturados (AGIs), foram preparados e caracterizados. Estes foram caracterizados quanto suas propriedades mecânicas (resistência a tração (RT) e alongamento na ruptura (AR)), de permeação (PVA), óticas, superfície (MEV), grupos funcionais (FTIR), térmicas (DSC) e antimicrobianas na conservação de filés de merluza (Merluccius hubbsi). Em relação a RT e AR, todos os filmes em que foi adicionado quitosana na matriz apresentaram valores superiores aos filmes de gelatina e de gelatina/AGIs, destacando–se que quando utilizada quitosana de mais elevada MV, esses resultados foram mais significativos. A adição de AGIs nas soluções filmogênicas promoveu uma diminuição nos valores de PVA e RT, e um aumento bastante significativo nos valores de AR. A análise de superfície mostrou que os filmes com quitosana de maior MV apresentavam estruturas fibrosas, no entanto quando foi incorporado os AGIs estas foram amortizadas. Os filmes que apresentaram melhores resultados quanto as propriedades mecânicas e de permeação foram submetidos a testes microbiológicos na conservação de filés de merluza. Todos os filmes apresentaram atividade antimicrobiana para Staphylococcus coagulase positiva e Salmonella sp. na conservação dos filés de merluza. Estes resultados mostram que os filmes à base de gelatina de pescado com adição de quitosana e ácidos graxos insaturados são promissores como embalagens ativas na conservação de filés de pescado.