Análise dos determinantes da desigualdade de renda no Brasil e direções para políticas públicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Barros, Laura Corrêa de
Orientador(a): Gomes, Fábio Augusto Reis lattes
Banca de defesa: Salvato, Márcio Antônio lattes, Riani, Juliana de Lucena Ruas lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Fundação João Pinheiro
Programa de Pós-Graduação: Curso de Mestrado em Administração Pública
Departamento: Administração Pública
País: BR
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.fjp.mg.gov.br/handle/tede/178
Resumo: Os objetivos deste estudo foram investigar quais seriam os determinantes da desigualdade de renda no Brasil e avaliar empiricamente a relevância de cada um deles. Assim, foi feita uma resenha da literatura internacional c nacional, apontando os possíveis determinantes da desigualdade de renda, e uma avaliação empírica com o objetivo de mensurar a importância de cada falor a partir de dados dos municípios e estados brasileiros. A base de dados utilizada foi o Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil. Primeiramente, foram desenhadas curvas de Lorenz ponderadas e não ponderadas pela população municipal que indicaram que a desigualdade foi praticamente constante no período considerado e que alguns municípios "ricos" em 1991 podem ter melhorado ainda mais sua posição na distribuição de renda em 2000. Posteriormente, a hipótese de Kuznets sobre desigualdade c crescimento econômico não foi refutada Considerando outros determinantes da desigualdade encontrados na literatura, a renda per capita, a media dos anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais e as linhas de indigência e de pobreza parecem variáveis importantes para explicar a desigualdade de renda medida pelos índices de Gini e L de Theil. Algumas análises complementares revelaram que a heterogeneidade étnica é também relevante. Os resultados não permitiram conhecer a direção de causalidade entre a desigualdade e os determinantes estudados, o que dificultou a extração de direções para políticas públicas das análises realizadas. No entanto, argumenta-se que tais políticas devam promover a igualdade de oportunidades, de forma que a desigualdade dc renda possa resultar apenas da desigualdade de esforços individuais.