A maldição do petróleo na Venezuela: uma análise institucional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Natalino, Enrique Carlos
Orientador(a): Guimarães, Alexandre Queiroz lattes
Banca de defesa: Canahuati, Antonio Fernando Mitre lattes, Faria, Carlos Aurélio Pimenta de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Fundação João Pinheiro
Programa de Pós-Graduação: Curso de Mestrado em Administração Pública
Departamento: Administração Pública
País: BR
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.fjp.mg.gov.br/handle/tede/198
Resumo: A presente dissertação tem por escopo estudar a herança institucional do petróleo na Venezuela. Na linha do institucionalismo histórico, o trabalho analisa o papel dos grupos sociais, das associações intermediárias, da organização do Estado, da ideologia e da inserção internacional para explicar as escolhas econômicas venezuelanas. Utilizando-se a abordagem teórica de Karl (1997) acerca das singularidades institucionais dos países exportadores de petróleo, a pesquisa procurou compreender como se deu a estruturação do petro-Estado na Venezuela. Ao tratar do impacto dos dois booms do petróleo na economia do país, o trabalho mostra por que eles foram momentos cíticos no direcionamento da sua trajetória de desenvolvimento. Nesse sentido, busca-se compreender por que o sistema político venezuelano não foi capaz de amortecer o impacto das pressões sociais advindas da reforma do modelo de desenvolvimento, o que conduziu à implosão do bipartidarismo e à ascensão de um outsider ao poder. E, ao mostrar a relação entre as escolhas do atual governo e a trajetória passada do país, a pesquisa procura entender por que a Revolução Bolivariana não tem sido capaz de impedir que a economia venezuelana seja afetada pela Maldição dos Recursos Naturais . Por fim, o trabalho compara o caso venezuelano com o de outros petro-Estados marcados por trajetórias igualmente problemáticas, como Irã, Argélia, Nigéria e Indonésia, além de um país que serve de contraponto ao que ocorreu nesses países, a Noruega.