Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cordeiro, Alfredo Merlos Akinaga |
Orientador(a): |
Araujo, Claudia Affonso Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/31881
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Resumo: |
A gestão de Sistemas de Saúde, sejam estes públicos ou privados, enfrenta desafios em diferentes realidades ao redor do planeta. Os principais desafios estão relacionados à sustentabilidade, custos crescentes e acessibilidade. Porter e colaboradores (2006) foram pioneiros nos estudos para compreender por que a competitividade e desenvolvimento tecnológico, que acelerou crescimento e acessibilidade de outros mercados, não apresentou o mesmo benefício nos mercados e sistemas de saúde, principalmente no mercado privado, como dos Estado Unidos da América (EUA), abundante em tecnologia e recursos financeiros. A partir desta investigação, Porter e colaboradores (2006) descobriram que as relações vigentes de competição de soma zero e repasses de custos entre atores do mercado não estão focadas na geração de valor para o usuário, mas principalmente em suas rentabilidades. A partir desta crítica, criaram uma proposta de modelo de saúde baseada em competição pela geração de valor ao usuário final, e que a geração deste valor seria, em síntese, uma equação que produza a melhor qualidade relacionada aos desfechos clínicos e experiência do usuário, com uso racional dos recursos necessários. Ou seja, os atores mais eficientes na geração de valor ao usuário seriam mais competitivos e mais bem remunerados neste novo modelo. Entretanto, diferentemente da indústria que possui processos de produção e logística com menor variabilidade, os sistemas de saúde são afetados por diferentes culturas, modelos políticos, legislações, modelos econômicos, características sociais e genéticas de cada população. Isso torna mais complexa a criação de soluções para estes sistemas tão heterogêneos interna e externamente. Apesar da maior complexidade dos sistemas e mercados de saúde em relação aos demais mercados e indústrias, a filosofia Lean, originada na reconstrução da indústria automobilística japonesa pós-Guerra, foi adaptada com sucesso para otimizar diferentes processos de trabalho relacionados aos serviços de saúde, sendo esta adaptação descrita na literatura mais frequentemente como Lean HealthCare. Esta revisão sistemática investigou diferentes inciativas Lean aplicadas na assistência à saúde e encontrou evidências de que o complexo desafio de estruturação de sistemas de saúde baseados em Valor pode, através do Lean HealthCare, uma filosofia de gestão que contém as ferramentas necessárias para otimização contínua dos processos e redução de custos, operacionalizar de forma eficiente estes sistemas, apesar de sua complexidade e variabilidade entre diferentes grupos populacionais e/ou patologias. Os achados demonstram, com significância estatística, que mais de 50% dos estudos relacionados ao Lean HealthCare resultaram na geração de valor através de um ou mais componentes desta equação. Este estudo encontra evidências para justificar o investimento em iniciativas Lean com o intuito de organizar os diferentes processos nos complexos sistemas de saúde e otimizar os resultados da equação de Valor. Novos estudos que avaliem prospectivamente os resultados destas iniciativas Lean, bem como a interinfluência dos componentes de qualidade e custos da equação, podem fornecer dados mais robustos e novas estratégias operacionais para geração de sistemas de saúde mais sustentáveis e capazes de gerar valor. |