Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Marcelio Souza da |
Orientador(a): |
Figueiredo, Paulo N. |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10438/25868
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Resumo: |
Esta dissertação examina o desenvolvimento de capacidades tecnológicas e suas implicações para o aprimoramento de indicadores de performance operacional, sob diferentes regimes industriais. Esse exame foi conduzido em uma empresa do Setor Químico no Brasil (Clariant S.A. – Unidade de Duque de Caxias) no período de 1980 a 2007. O estudo cobriu dois regimes industriais experimentados pela economia brasileira, com características opostas entre si: o regime voltado para o mercado interno e o regime voltado para a economia aberta e exposto à competição globalizada. Muito embora nos últimos quinze anos tenha havido uma profusão de estudos sobre acumulação de capacidades tecnológicas em nível de empresas, e no âmbito de economias emergentes, poucos têm examinado as implicações dessas capacidades para o aprimoramento da performance das empresas. Mais raros ainda são os estudos que examinam a relação entre essas duas variáveis ao longo de diferentes regimes industriais. Buscando contribuir para o preenchimento dessa lacuna da literatura, esta dissertação examina essas questões à luz de modelos analíticos disponíveis na literatura internacional sobre acumulação de capacidades tecnológicas, no contexto de países em desenvolvimento. A capacidade tecnológica é examinada através de uma métrica que identifica tipos e níveis de capacidades para diferentes funções tecnológicas. É entendida como os recursos necessários para gerar e gerir mudanças tecnológicas. Tais recursos acumulam-se e incorporam-se aos indivíduos e aos sistemas organizacionais. Adicionalmente, por sua natureza difusa, a capacidade tecnológica está armazenada em pelo menos, quatro componentes: (a) sistemas técnicos e físicos; (b) pessoas; (c) sistema (tecido) organizacional; e (d) produtos e serviços. Baseando-se em evidências empíricas de primeira mão, qualitativas e quantitativas, colhidas à base de extensivo trabalho de campo, esta dissertação encontrou os seguintes resultados: 1. A empresa atingiu níveis inovadores de capacidade tecnológica em todas as funções analisadas. Numa escala de 1 a 7, a empresa acumulou o Nível 5 em Engenharia de Projetos; o Nível 7 incompleto em Processos e Organização da Produção; o Nível 6 em Produtos e os Níveis 5 e 6 incompletos em Equipamentos. As funções Processos e Organização da Produção e Produtos foram priorizadas principalmente durante o regime de economia aberta, e as taxas de acumulação de capacidades apresentaram variações ao longo de todo o período estudado, embora as maiores taxas tenham ocorrido durante a transição dos regimes industriais. 2. Houve substancial aprimoramento dos indicadores de performance operacional. Por exemplo, a produtividade do trabalho apresentou elevadas taxas de crescimento durante o regime de economia aberta vs o regime de economia fechada (12,4% vs 2,85% ao ano). O aprimoramento deste, e dos demais indicadores, parece estar diretamente associado ao desenvolvimento de capacidades tecnológicas inovadoras da empresa, ocorrido principalmente durante o regime de economia aberta. Alinhando-se com estudos anteriores, esta dissertação conclui que a empresa respondeu positivamente à mudança no regime industrial, acumulando capacidades tecnológicas inovadoras que influenciaram diretamente no aprimoramento dos indicadores de performance operacional estudados. As evidências confirmam o argumento de que a relação entre capacidades tecnológicas e performance da empresa é mais forte e mais direta em regimes de economia aberta e competição globalizada. |