Bem-estar no trabalho remoto: Estudo de caso no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no contexto da gestão por desempenho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Marques, Henrique Rodrigues
Orientador(a): Ventura, Elvira Cruvinel Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/36286
Resumo: Objetivo: Este estudo tem como objetivo identificar como o modelo de trabalho remoto, no contexto da gestão por desempenho, tem influenciado o bem-estar laboral do servidor público federal. Metodologia: A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa para explorar as percepções dos servidores públicos federais sobre as influências do trabalho remoto em seu bem-estar laboral, no contexto da gestão por desempenho. As entrevistas foram realizadas por meio da plataforma Microsoft Teams, com servidores da área-fim, utilizando um roteiro semiestruturado. Para a análise dos dados, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo, adaptada de Bardin (2016), que possibilitou a identificação de temas e padrões relevantes. Além disso, a triangulação foi aplicada para garantir a robustez dos resultados, cruzando diferentes fontes de dados e perspectivas para validar as descobertas. Resultados: Os resultados da análise revelaram diversas variáveis relacionadas ao desempenho, como individualização, coerção interna, necessidade de rendimento e instantaneidade, que impactam diretamente o bem-estar dos servidores públicos. Entre os fatores negativos identificados, destacou-se a falta de transparência no cálculo da pontuação dos serviços, a ausência de métricas atualizadas e a morosidade nos abatimentos, que têm uma influência direta no bem-estar dos servidores. Por outro lado, o trabalho remoto também trouxe benefícios significativos. Entre os fatores positivos, foi destacada a maior flexibilidade de horários, permitindo aos servidores ajustar suas rotinas de trabalho de acordo com suas necessidades pessoais e familiares. Além disso, a eliminação do deslocamento diário reduziu significativamente o estresse e o cansaço associado ao trajeto. Outro ponto positivo foi a autonomia proporcionada pelo trabalho remoto, permitindo um melhor equilíbrio entre as demandas profissionais e pessoais dos servidores. Limitações: Uma limitação da pesquisa, conforme realizada, foi o foco exclusivo nas percepções dos servidores quanto ao seu bem-estar, sem explorar indicadores objetivos, como variações no número de faltas ou licenças, redução de custos para a Administração ou aumento da eficiência nos resultados. Essa escolha metodológica deixou de lado a análise de dados quantitativos que poderiam fornecer uma visão mais abrangente e objetiva sobre os impactos do trabalho remoto em termos de produtividade e economia, complementando as percepções subjetivas dos servidores. Aplicabilidade do trabalho: Os resultados do estudo, que se debruçou sobre a percepção dos servidores, podem ser úteis como subsídio para aprimoramento de técnicas de gestão com vistas a melhorar o bem-estar no trabalho da instituição pesquisada e de outras que estejam atuando de forma similar, no âmbito da administração pública. Contribuições para a sociedade: O estudo oferece uma compreensão aprofundada das influências do trabalho remoto, no contexto da gestão por desempenho, nas relações laborais, destacando a importância do bem-estar na relação entre indivíduo e trabalho. Originalidade: Apesar de já existirem estudos sobre o trabalho remoto e sua relação com o bem-estar no ambiente de trabalho, o ineditismo deste estudo está em analisar especificamente como esse modelo, no contexto da gestão por desempenho, influencia o bem-estar dos servidores públicos federais. Ao fazer essa interseção entre desempenho e bem-estar no setor público, o estudo aborda uma lacuna ainda pouco explorada na literatura, especialmente no cenário pós-pandemia.