Débitos bancários: efeitos do relacionamento em tempos de Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barthman, Gabriel José
Orientador(a): Norden, Lars
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/34824
Resumo: O objetivo deste estudo é investigar os efeitos do relacionamento bancário na inadimplência em operações de crédito pessoal sem garantia real. A partir de um conjunto de dados exclusivo com 611.557 observações entre o período de junho de 2019 a junho de 2021, foram analisadas as linhas de crédito de empréstimo pessoal e crédito direto ao consumidor. Utilizando a pandemia de COVID-19 como choque exógeno e metodologia differences-in-differences (DiD), encontramos evidências estatisticamente significantes que o relacionamento bancário explica uma diminuição no default de crédito antes da pandemia. No entanto, apesar desse efeito persistir depois do início da pandemia, ele diminui em aproximadamente 60%. Adicionalmente, encontramos efeito heterogêneo. Consumidores que obtiveram crédito em produto defaultam menos do que consumidores que receberam crédito em dinheiro. Por fim, mulheres com relacionamento bancário são marginalmente mais propensas a se tornar inadimplentes depois o início da pandemia comparado com homens. Uma possível explicação para esse resultado pode ser atribuída à maior instabilidade enfrentada pelas mulheres no mercado de trabalho brasileiro durante a pandemia de COVID-19.