A mentira chega na frente: o impacto de boatos na cobertura vacinal e o papel do Estado no combate à desinformação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Corrêa, Victor Cardoso
Orientador(a): Couto, Cláudio Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/36118
Resumo: Nesta pesquisa, a desinformação assume o papel de personagem principal, explorada em suas múltiplas dimensões e impactos. O estudo aborda como os boatos, historicamente presentes, adquirem novas formas no ambiente digital, espalhando-se instantaneamente e com alcance sem precedentes. A partir da perspectiva da saúde pública, investiga-se a relação entre a desinformação e a hesitação vacinal no Brasil, expondo os riscos que isso representa não apenas para a cobertura vacinal, mas também para a segurança coletiva e o regime democrático. O estudo destaca eventos históricos, como a Revolta da Vacina no início do século XX, para traçar paralelos com o contexto atual. É abordado o impacto negativo da desinformação na pandemia da Covid-19, quando medidas de isolamento social foram negligenciadas pelo Estado. Por se tratar do aplicativo de mensagens mais popular do mundo, com 1,5 bilhão de usuários, e líder absoluto no Brasil, o WhatsApp tem enorme influência na disseminação de informações. Mostrou-se, portanto, a rede social mais indicada para compreender como boatos e informações equivocadas sobre vacinas se espalham rapidamente e afetam a confiança da população brasileira nas campanhas de imunização. Além disso, são analisadas razões pelas quais as pessoas optam por não se vacinar, abordando o conceito de pós-verdade e suas implicações para a saúde pública e a democracia. Este trabalho também aborda a necessidade de regulamentação das grandes empresas de tecnologia, as chamadas “big techs”, considerando os princípios constitucionais, incluindo questões como liberdade de expressão e proteção da coletividade. Enfrentar as ameaças impostas pela desinformação no contexto atual exige ações coordenadas entre o Estado e a sociedade, tendo como objetivo fundamental o restabelecimento da verdade.