Estratégia de gestão climática: um estudo de caso na indústria de ferro e aço brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nunes, Cenira de Moura
Orientador(a): Monzoni, Mario
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/31911
Resumo: As mudanças climáticas configuram como um dos maiores desafios da sociedade atual. As indústrias, especialmente aquelas energo intensivas, têm sido desafiadas a definirem rotas de descarbonização alinhadas aos compromissos assumidos nos acordos internacionais e ao mesmo tempo manterem-se competitivas. Este estudo buscou compreender como uma indústria de ferro e aço brasileira foi motivada a definir sua estratégia de gestão das mudanças climáticas sob a ótica da teoria de homogeneização das organizações. Conhecida como isomorfismo institucional, essa teoria avalia os fatores motivadores relacionados a mecanismos coercitivos, miméticos e normativos. Uma revisão sobre a situação atual da siderurgia mundial e brasileira em relação aos desafios dos impactos da mudança climática foi conduzida. Por meio de entrevistas realizadas com diversos líderes da organização e de uma análise de documentos públicos, foi possível identificar os fatores que incentivaram a empresa deste estudo de caso ao seu direcionamento na redução das emissões de gases de efeito estufa e analisar os resultados obtidos em comparação as lentes teóricas escolhidas para esse trabalho. Investidores exerceram papel relevante, segundo a visão do mecanismo coercitivo. Outras empresas foram referência de quais estratégias deveriam ser seguidas ou evitadas, de acordo com o motivador mimético. A visão normativa evidenciou que o conhecimento adquirido pelo CEO e conselho de administração sobre o assunto foi essencial para a definição de ferramentas que desdobraram a estratégia de gestão das mudanças climáticas na organização. Um “fator cultural” não previsto na teoria do isomorfismo institucional foi evidenciado nas entrevistas e analisado nas considerações deste trabalho. A identificação de como a organização analisada no estudo de caso redirecionou sua estratégia para incluir os impactos das mudanças climáticas, evidenciou quais atores e mecanismos foram preponderantes. A partir das conclusões desta pesquisa é possível indicar oportunidades para aceleração do processo de descarbonização do setor siderúrgico brasileiro.