Essays on longevity, welfare, and economic growth

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Martinez, Thiago Sevilhano
Orientador(a): Araújo, Aloísio Pessoa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/30381
Resumo: Essa tese é composta por dois artigos sobre as relações entre longevidade, bem-estar e crescimento econômico. O primeiro artigo propõe uma nova medida equivalente de produtividade total dos fatores (PTF) para calcular os efeitos de bem-estar de melhorias na expectativa de vida e em anos de escolaridade. Tal medida usa um modelo de gerações sobrepostas para calcular a taxa de crescimento da PTF que seria necessária para manter o bem-estar atual se a educação e a longevidade não tivessem melhorado nas últimas décadas. Comparamos os desempenhos relativos de 34 países em PTF e nesta medida de bem-estar para os anos 1960-2014 e 1987-2014, com foco em países latino-americanos. Constatamos que, apesar das baixas taxas de crescimento da PTF na América Latina, de acordo com essa medida a região apresentou maior convergência de bem-estar em relação aos EUA. A expectativa de vida aumentou em todo o mundo nas últimas décadas, com ganhos mais acentuados em países mais pobres do que nos países mais ricos. O progresso tecnológico na medicina está relacionado a essa melhora na longevidade e ao aumento dos gastos com saúde como proporção do PIB. Mas diante das dificuldades de medição da produtividade no setor saúde, como podemos avaliar a importância relativa da tecnologia e das preferências para determinar a longevidade e os gastos com saúde em países com estágios de desenvolvimento heterogêneos? Baseado em dois fatos estilizados sobre o envelhecimento humano, a curva Gompertz e a correlação Strehler-Mildvan, o segundo artigo propõe uma função de produção de longevidade na qual os ganhos de produtividade são identificados a partir de mudanças paramétricas nessas regularidades empíricas. Construímos um modelo de gerações sobrepostas com transformação estrutural relacionada ao setor saúde e simulamos trajetórias ótimas de expectativa de vida aos 30 anos e gastos em saúde como proporção do PIB para Brasil, França e EUA. Constatamos que o crescimento da produtividade na produção de longevidade explica de 70% a 80% dos ganhos de expectativa de vida em todos os casos e que o aumento dos gastos com saúde é mais relevante para o Brasil do que para os EUA e a França. Também constatamos que o crescimento dos gastos com saúde como proporção do PIB é determinado principalmente por preferências e que, com preferências calibradas para a França, os gastos com saúde são subestimados para o Brasil e superestimados para os EUA.