Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Borges, Eduardo Bizzo de Pinho |
Orientador(a): |
Michener, Robert Gregory |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/34597
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Resumo: |
Esta tese é composta por três artigos independentes, mas interconectados, que exploram como as aplicações inovadoras do conceito de governança colaborativa lidam com a crescente complexidade dos contextos contemporâneos. Os dois primeiros artigos abordam plataformas colaborativas, instrumentos estendem a governança colaborativa facilitando múltiplos projetos ou redes colaborativas. Essas plataformas oferecem uma estratégia de governança inovadora para enfrentar crises complexas e imprevisíveis em um mundo cada vez mais turbulento, permitindo rápida escalabilidade e abordagens flexíveis para a colaboração. O primeiro artigo realiza uma revisão sistemática da literatura sobre plataformas colaborativas, empregando análises bibliométricas e temáticas de 72 publicações de 2018 a 2022. O estudo revela um campo incipiente, mas em expansão, destacando a efetividade destas plataformas na ampliação da governança colaborativa e atuando como intermediários, ao mesmo tempo que destaca seu papel como facilitadores da co-criação e governança ambiental. No entanto, também se observa uma tendência na literatura em direção a um otimismo excessivo. O segundo artigo examina o impacto de plataformas colaborativas na produção sustentável a partir da experiência do Fundo Amazônia na Amazônia brasileira. Utilizando dados de painel de 2003 a 2017 e focando em municípios na Amazônia Legal brasileira, este estudo emprega uma abordagem de diferenças em diferenças para avaliar os efeitos do Fundo Amazônia na produção de produtos florestais e agroflorestais. Os resultados evidenciam aumentos positivos e não imediatos na produção sustentável, ressaltando a oportunidade de apoio às plataformas como meio de promover as cadeias de valor da bioeconomia na Amazônia. O terceiro artigo, formulado em colaboração com o Professor Gregory Michener e publicado no Public Management Review (DOI: 10.1080/14719037.2023.2230231), investiga o conceito de governança colaborativa compensatória (CCG), que representa iniciativas de governança colaborativa destinadas a compensar baixo compromisso do governo na implementação de políticas públicas. Com base nos casos do Consórcio de Veículos de Imprensa no Brasil e do Covid Tracking Project nos Estados Unidos durante a pandemia de COVID-19, este estudo explora o surgimento da CCG, seus mecanismos para compensar a deficiência de compromissos e sua relação com as conceituações existentes de governança colaborativa. As iniciativas preencheram as lacunas de informação deixadas pelo governo federal, efetivamente ‘governando’ a transparência pública federal de dados de COVID-19. Os três artigos oferecem conjuntamente uma compreensão multifacetada da governança colaborativa, tanto na teoria quanto na prática. Coletivamente, os artigos demonstram que a governança colaborativa, por meio de seus avanços, continua relevante para abordar questões atuais em um mundo cada vez mais complexo. Nesse sentido, esta coleção de estudos tem a intenção de fazer uma contribuição significativa para um campo de estudo em constante evolução e altamente relevante, dedicado a navegar por desafios públicos complexos. |