O uso de resinas pós-consumo pela indústria de embalagens no contexto da economia circular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Branchini, Luciana de Oliveira e Rocha
Orientador(a): Carvalho, André Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/32388
Resumo: A poluição causada pelos plásticos, especialmente nas aplicações de embalagens de uso único, representa uma grande ameaça, desafiando as cadeias de embalagens plásticas e de bens de consumo a endereçarem soluções para o problema. Neste contexto, este estudo tem por objetivo analisar as estratégias das organizações inseridas na cadeia brasileira de embalagens plásticas na utilização de resinas pós-consumo à luz dos conceitos de economia circular. Cerca de um terço dos plásticos produzidos são destinados para a indústria de embalagens, sendo que a maioria tem como destino final os aterros sanitários e o próprio meio ambiente. A despeito de várias tentativas de acordos globais e locais, os avanços para mitigar os efeitos da poluição plástica são incipientes. A utilização das resinas pós-consumo recicladas é considerada como um dos meios para reduzir a poluição dos plásticos e diminuir o uso dos materiais virgens na cadeia produtiva desta indústria. Utilizando-se a metodologia de estudo de casos, quatro organizações foram analisadas. Vale ressaltar que a principal legislação que regulamenta o descarte dos plásticos no Brasil, a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), baseia-se na responsabilidade compart¬ilhada de fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e municípios para aplicação da logística reversa. Todavia, duas das organizações examinadas estavam submetidas à responsabilidade estendida do produtor, sob a Lei 7.802/1989. Dados foram coletados através de entrevistas com seus líderes e informações adicionais obtidas a partir de documentos públicos dessas organizações. Como resultados, foram identificados os fatores catalisadores e entraves para a utilização de resinas pós-consumo por organizações participantes do estudo. Além do fator econômico, a legislação, baseada no conceito da responsabilidade estendida do produtor e a governança são catalisadores para a transição da economia linear para a economia circular. Como entraves, foram identificados os custos envolvidos dos projetos de logística reversa, a baixa qualidade da maior parte do material reciclado originado de diferentes tipos de plásticos, além das dificuldades de separação dos materiais recicláveis pelos processos atualmente disponíveis. Como considerações finais, vale destacar o desafio no Brasil de se ampliar o escopo do uso de resinas pós-consumo para além do mero gerenciamento de resíduos, focado basicamente na reciclagem mecânica, visando empregar outras estratégias da economia circular que consomem menos recursos.