Mulheres no topo da Advocacia-Geral da União: cultura de liderança em transformação?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lo Duca, Marcella Barbosa de Castro
Orientador(a): Vasconcelos, Flávio Carvalho de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/35629
Resumo: Objetivo: O presente estudo objetiva identificar barreiras informais que afastam as mulheres das posições hierárquicas mais elevadas da estrutura administrativa da Advocacia-Geral da União, além de propor medidas concretas capazes de favorecer o acesso e a permanência delas nesses cargos. Metodologia: Realizou-se pesquisa qualitativa, com dados primários coletados a partir de entrevistas semiestruturadas de servidoras públicas da Advocacia-Geral da União, dentre ocupantes e não ocupantes de cargos de gestão. Os dados foram interpretados por meio da técnica de análise de conteúdo, buscando-se agrupar as respostas concedidas pelas participantes conforme categorias identificadas no referencial teórico, com vistas à compreensão do conteúdo subjacente aos relatos. Resultados: Os resultados encontrados indicam que a liderança feminina é mais viável em uma cultura organizacional que permita conciliar responsabilidades profissionais e familiares. Alguns membros da alta gestão têm criado um ambiente favorável às líderes, mediante ajustes que envolvem flexibilidade de horários e sensibilidade às necessidades individuais. Contudo, a implementação dessas medidas depende da vontade do(a)s gestores(a)s de cada unidade. Além disso, a discriminação de gênero persiste de forma velada e pode afetar a participação das mulheres em cargos de liderança. Estratégias de capacitação sobre vieses de gênero e a inclusão dessa perspectiva no recrutamento de novas lideranças podem combater a ação dos estereótipos. Limitação: A principal limitação do estudo se refere à investigação de apenas uma das camadas da opressão que recai sobre mulheres líderes, relativa ao gênero. A lacuna de representatividade étnico-racial na Advocacia-Geral da União impacta na generalização dos resultados para outras carreiras da Administração Pública. Contribuições práticas: A pesquisa fornece direcionamentos úteis ao diagnóstico da lacuna de gênero em cargos de gestão, dentro da Advocacia-Geral da União, e, em consequência, à formulação de medidas concretas que podem ser implementadas para mitigá-la. Contribuições sociais: A redução da lacuna de gênero no topo da Administração Pública interessa à sociedade, tendo em vista haver correlação comprovada entre a diversidade de representação na burocracia e a provisão de serviços públicos equitativos. Originalidade: Apesar de existirem estudos recentes que investiguem a temática no contexto da Advocacia-Geral da União, este se destaca por investigar a desigualdade de gênero em cargos de gestão, sob a perspectiva da cultura da organização.