Filantropia empresarial, cultura de doação e as médias empresas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 0024
Autor(a) principal: Ferreira, Victor Hugo de Oliveira
Orientador(a): Kasznar, Istvan Karoly
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/36376
Resumo: Objetivo – Chama atenção a posição ruim do Brasil no World Giving Index 2023, ranking de generosidade das nações, atestando a nossa cultura de doação incipiente. Pesquisas como a Giving USA e a Doação Brasil indicam um abismo entre as doações no Brasil e nos EUA, considerado uma referência para o setor, registrando 0,18% do PIB ante quase 2%. Nesse processo as empresas são agentes fundamentais, porém a filantropia corporativa tem dificuldade de escalar no país. Mas qual o perfil filantrópico das médias empresas? Como parcerias, destinação e mecanismos de atratividade influenciam a sua decisão de doar? Metodologia – Entrevistas com 18 empresas de médio porte via questionários estruturados para: conhecer seu perfil; seu conhecimento, posicionamento e atuação em filantropia; e, a partir da construção de cenários, mensurar a tendência e influência de aspectos como confiança, destinação e mecanismos de atratividade. Revisão da literatura sobre filantropia empresarial, discutindo os modelos e as diferenças na construção das culturas entre Brasil e EUA. Resultados – Práticas classificadas como transformadoras são as mais valorizadas pelas médias empresas e juntamente com os mecanismos de atratividade podem influenciar na decisão e não encontramos evidências de influência na participação do setor financeiro. Limitações – Quantidade de empresas respondentes foi pequena e seleção da amostra se deu por acessibilidade reduzindo o grau de confiança e impossibilitando rigor estatístico aos dados. Aplicabilidade do trabalho – Embora sem evidências de correlação positiva o setor financeiro reuni requisitos apontados por especialistas para apoiar o crescimento da filantropia: criação de ambiente propício; naturalização do hábito; facilidade e automação; gestão eficaz; confiabilidade; redução do custo de transação; rastreabilidade; regionalização; dar voz a beneficiários e apoiadores; regularidade, padronização informacional e de prestação de contas. Contribuições para a sociedade – O trabalho conjunto focado no perfil de atratividade traçado para as médias empresas tem potencial de gerar parceria exitosa e transformadora, auxiliando a construção de uma cultura de doação sólida, permanente e ampliada. Originalidade – Foco nas médias empresas que possuem poucas publicações mesmo sendo responsáveis por 20% dos empregos e 25% da massa salarial segundo a Fundação Dom Cabral.