Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Soares, Guilherme Otaviano |
Orientador(a): |
Buta, Bernardo Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/36298
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Resumo: |
O trabalho examina a aceitação do uso de inteligência artificial (IA) na política, focando especialmente nos impactos dessa tecnologia em processos legislativos e na formulação de políticas públicas. O uso da IA na política promete uma revolução em termos de eficiência administrativa, com aplicações que variam desde a automação de processos até a análise de grandes volumes de dados, oferecendo potencial para decisões mais embasadas e respostas rápidas a demandas sociais. Contudo, essa adoção apresenta desafios éticos e práticos, levantando questionamentos sobre a preservação dos princípios democráticos. O principal objetivo da pesquisa é investigar a aceitação da IA no campo político, explorando a familiaridade e as percepções de parlamentares brasileiros sobre o uso dessa tecnologia em suas atividades legislativas. A pesquisa busca entender como esses agentes assimilam e avaliam a adoção da IA investigando se a consideram um recurso válido para ampliar a representatividade e a eficiência da governança, ou se existem preocupações que restringem seu uso. A justificativa para a pesquisa reside na crescente importância da IA na sociedade e nos impactos potenciais de seu uso político, especialmente em um contexto de polarização e desinformação, podendo causar impactos à democracia. Além de uma pesquisa bibliográfica acerca do tema, foi realizada uma pesquisa qualitativa, centrada em entrevistas semiestruturadas realizadas com legisladores em níveis municipal, estadual e federal. As entrevistas foram gravadas, transcritas, codificadas e submetidas a análise temática para identificar padrões de resposta. As entrevistas foram conduzidas até o ponto de saturação teórica, permitindo um entendimento robusto sobre as percepções e resistências dos parlamentares em relação ao uso da IA. Os resultados indicam uma aceitação moderada da IA, com os legisladores reconhecendo o potencial da tecnologia para melhorar processos legislativos, mas expressando preocupações quanto ao impacto sobre sua autonomia e sobre os valores democráticos. Embora alguns vejam a IA como um recurso promissor para uma política mais eficiente, existe um receio quanto à possibilidade de manipulação e falta de supervisão humana. A pesquisa sugere que a plena aceitação da IA na política exige um conjunto de regulamentações que garantam a transparência, o controle democrático e a proteção contra vieses, apontando para a necessidade de uma mudança cultural e normativa que possibilite o uso ético e responsável dessa tecnologia. |