Efetividade na articulação entre o governo brasileiro e a sociedade civil na agenda de segurança química

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Prates, Verônica Baltazar
Orientador(a): Kondo, Edson Kenji
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/32287
Resumo: A dissertação está inserida no campo de estudos sobre participação social e sua relação com as políticas públicas. Buscou-se contribuir para o debate acerca da efetividade de mecanismos institucionalizados de participação para a articulação entre o Estado e a sociedade brasileira. Foi motivada pela extinção de centenas de colegiados da administração pública federal, por meio do Decreto Nº 9.759, de 11 de abril de 2019; uma mudança na tendência de multiplicação desses mecanismos observada desde a Constituição Federal de 1988. Para tanto, foi realizado um estudo de caso da Comissão Nacional de Segurança Química (CONASQ). A partir da análise de documentos oficiais públicos e de entrevistas com ex-integrantes da Comissão permitiu construir entendimento acerca das interações entre o Estado – ali representado por diferentes órgãos da administração pública –, a iniciativa privada e o terceiro setor, e identificar percepções de ganhos e perdas com a extinção do colegiado pela referida medida em 2019. Os dados apontam para um colegiado de baixo grau de institucionalidade e representatividade, porém percebido como de elevada efetividade e cuja extinção teria contribuído para a retirada da segurança química da agenda governamental. A pesquisa contribui para a hipótese de que a medida reduziu a efetividade da articulação setorial nas áreas cobertas pelos fóruns extintos, embora não seja possível afirmar uma relação de causalidade ou extrapolar para todos os colegiados afetados. Embora haja ampla literatura sobre a importância da participação, os avanços em efetividade são recentes e ainda indicam diversas lacunas para maior aprofundamento da academia. O estudo sobre a CONASQ aponta para pelo menos duas possíveis oportunidades para novas pesquisas: sobre a influência da estrutura do mecanismo e a capacidade de participação efetiva de cada grupo da sociedade; e a relação entre sua extinção e a articulação intragovernamental.