Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Marques, Camila Moraes |
Orientador(a): |
Alberti, Verena |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10438/24548
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Resumo: |
Nos últimos anos, a cachaça vem ocupando notável destaque na mídia nacional e estrangeira, o que demonstra abertamente o interesse dos fabricantes em alcançar um público consumidor cada vez maior. Atreladas ao aumento da produção, várias medidas de diferentes instâncias governamentais seguiram esse caminho. Desde o ano de 2007, títulos de patrimônio começaram a ser conferidos à bebida nos estados de reconhecida tradição produtora (Minas Gerais, Pernambuco e, mais recentemente, Rio de Janeiro). O argumento que fundamenta e justifica a concessão de tais títulos reproduz a ideia de bebida nacional, exclusivamente brasileira, formulada por folcloristas a partir da década de 1920. Entretanto, o que está por trás da difusão de tal ideia e da própria circulação da bebida, envolvendo fatores de produção e consumo, ainda permanecem à margem da historiografia. Esta pesquisa busca investigar o processo histórico que levou a cidade de Paraty, localizada no litoral Sul do Rio de Janeiro, a se tornar referência de fabricação da cachaça no século XIX: condições internas, estrutura das unidades produtoras e a inserção nos mercados da costa africana onde a bebida era utilizada como moeda de troca na aquisição de africanos escravizados. O trabalho também analisa os aspectos privilegiados e os silenciados nos diferentes momentos de construção da noção de cachaça como patrimônio nacional. |