Histórias de ativismo? Enquadramentos de gênero no Ministério Público de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ruiz, Juliana Pacetta
Orientador(a): Farah, Marta Ferreira Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/29063
Resumo: O estudo do ativismo institucional surgiu a partir do questionamento acerca das relações entre Estado e sociedade. A partir desse questionamento, passa-se a admitir que Estado e movimentos sociais nem sempre atuam em campos opostos e que burocratas podem promover projetos sociais e coletivos dentro da administração pública. Esse trabalho busca analisar como se manifesta o ativismo institucional no Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (GEVID) do Ministério Público Estadual de São Paulo. Adotamos como conceito de ativismo a promoção de projetos sociais e, no caso desse trabalho, os projetos sociais a serem analisados são os feministas ou que se propõem a diminuir desigualdade de gênero e, para haver a promoção desse projeto, adotamos dois pressupostos: (i) serem ações que promovem melhorias ou inovações em relação a funções ordinárias do burocrata; (ii) adotar enquadramentos de gênero ou feministas. São através dos enquadramentos que entendemos quais são os problemas públicos e suas soluções. Dessa forma, analisamos como surge o ativismo no GEVID, como se dão os enquadramentos de gênero e feministas advindos de ações ativistas no GEVID, como incidem nas ações ativista, e por fim, apresentamos possibilidades de como eles podem influenciar as políticas públicas e ações dos promotores. Para essa análise, realizamos estudo de caso qualitativo, utilizando-se de documentos e oito entrevistas com promotores que fazem ou já fizeram parte do GEVID. Constatamos que há momentos diferentes do ativismo do GEVID, fazendo com que haja diferentes histórias de ativismo, nas quais os enquadramentos de gênero apresentam-se de maneira diversa. Essas diferenças se dão por diversas razões, como a estrutura organizacional do Ministério Público e o perfil dos promotores.