Análise da influência da anistia às pequenas propriedades no comportamento do proprietário rural ao desmatar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pena, Marina Garcia
Orientador(a): Weller, Leonardo, Mata, Daniel da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/29763
Resumo: O Brasil é um país com grandes riquezas naturais e com uma economia altamente dependente do agro-negócio. Com isso, a dualidade entre preservação e expansão da economia agrícola é um assunto de alta relevância no atual cenário e que vem sendo cada vez mais discutido. Nesse contexto, a Lei 12.651 de maio de 2012, o chamado Novo Código Florestal Brasileiro, entra em vigor com o intuito de regular o uso da terra no Brasil, estabelecendo normas de preservação da vegetação nativa do território nacional. Um dos dispositivos estabelecidos na referida lei é a Anistia às Pequenas Propriedades, que isenta os proprietários dos pequenos estabelecimentos rurais da obrigação de restaurar a área que foi desmatada além dos limites até 2008. A anistia, porém, não isenta os mesmos da obrigação de manter os percentuais obrigatórios de Reserva Legal. O foco deste trabalho foi verificar se a anistia às pequenas propriedades fez com que os proprietários de terras anistiadas se sentissem isentos do cumprimento dos percentuais obrigatórios de Reserva Legal, dispostos no código de 2012, e fizessem que eles continuassem desmatando suas terras, o que poderia indicar uma mudança de comportamento dos proprietários rurais gerado pelo dispositivo legal. Para tal avaliação, foi calculado o déficit de Reserva Legal de todas as propriedades brasileiras cadastradas no Cadastro Ambiental Rural e posteriormente aplicado um modelo de Regressão por Descontinuidade, comparando os proprietários anistiados e não anistiados. O resultado mostrou que proprietários anistiados tendem a desmatar mais que os proprietários não anistiados, indicando uma possível mudança de comportamento ao desmatar gerada pela anistia estabelecida na Lei de 2012.